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O que é a eletroestimulação, o treino para quem tem pouco tempo na agenda?

Tecnologia usando eletrochoques tem feito sucesso no Brasil



A tecnologia utilizada para aprimorar técnicas esportivas e também na prática de atividades físicas tem sido um dos pontos principais de atenção no Jornal Esportes e em revistas dedicadas ao tema. A busca por novidades tem mobilizado atletas, treinadores e empresas, que anseiam por novas formas de se exercitar e manter a saúde em dia.

Parte dessa procura também acontece em um momento no qual o tempo é cada vez mais escasso. Equilibrar a rotina entre o trabalho, estudo, descanso, família e algum hobby é tarefa cada vez mais complicada. Ao mesmo tempo, encontrar uma folga no dia-dia para cuidar da saúde é algo que não deve ser abandonado.

Diante disso, tem feito sucesso no Brasil a utilização da eletroestimulação. A tecnologia desenvolvida em países como Alemanha e Espanha tem ganhado cada vez mais adeptos no Brasil, interessados na praticidade e facilidade que a modalidade oferece para se manter em forma.



Para quem não conhece, a eletroestimulação utiliza choques distribuídos pelo corpo para gerar estímulos musculares. Esses choques são feitos por eletrodos conectados a um colete que veste a região do tronco, as pernas e os braços, e as descargas ajudam a estimular os músculos.

Seu sucesso se deve ao fato de que a carga de choques em sessões de 20 minutos funcionam como um treino de 1h na academia. Além disso, se utilizada como potencializador de um treino que utiliza pesos, por exemplo, a eletroestimulação pode ter um resultado ainda mais satisfatório, segundo especialistas.

Os choques conduzidos pela roupa de neoprene devem ser controlados por um preparador físico. Além disso, a tecnologia desenvolvida em alguns aparelhos possibilita que o aluno possa alterar a frequência e a potência das descargas de acordo com a região do corpo, para que os choques das pernas não sejam o mesmo que o dos braços.

Por toda essa praticidade, as sessões de eletroestimulação se tornaram disputadas em academias de luxo e estúdios exclusivos de atividade física no país. Duas sessões de 20 minutos na semana chegam a custar R$ 800 reais. Atividades em grupo podem ajudar a diminuir o preço.

O sucesso da modalidade também se dá pelo fato de que atletas profissionais, como clubes de futebol, também estão utilizando a tecnologia em seus jogadores. Nomes como Nenê, atualmente no Vasco, e Bruno Alves, ex-zagueiro do São Paulo, usaram os coletes de eletroestimulação recentemente para melhorar a recuperação muscular.

Na Alemanha, um estudo mostrou que com 2 a 4 sessões por semana, os jogadores de um time da Bundesliga melhoraram de maneira significativa em aspectos como explosão, velocidade, salto e potência do chute. “A combinação entre treinamentos convencionais e eletroestimulação pode ser uma mudança promissora em comparação ao trabalho de força tradicional”, conclui a pesquisa.  

Segundo Jerri Luiz Ribeiro, doutor em ciência do movimento humano e professor na Escola de Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a eletroestimulação tem um impacto decisivo não nos atletas de futebol, mas em outros esportes, como a corrida e nas artes marciais. “As roupas são ajustadas ao corpo e dão mobilidade ao usuário. Um lutador pode fazer um movimento de soco recebendo os estímulos nos braços. Isso seria muito mais complicando utilizando os halteres”, disse o especialista em entrevista recente à revista GQ Brasil. 

Atualmente, existem quatro marcas com produtos ligados à eletroestimulação habilitadas pelo Inmetro para atuar no Brasil: Weimspro, XBody, I-Motion e Miha. Das quatro, apenas a primeira tem a possibilidade de funcionar via bluetooth. O valor da roupa varia entre R$ 60 mil e R$ 120 mi. A maioria dos usuários possui de 40 a 60 anos e está na classe A.