O mercado de Edge Computing deverá crescer vertiginosamente quando a conexão 5G estiver implementada no Brasil. Para saber como anda esse mercado, fiz um pingue pongue com o country manager da Vervit Computing, Rafael Garrido, que você vê a seguir.
VOIT – Qual a relação da Vertiv com a infraestrutura por trás das redes 5G?
Garrido – A economia digital não existe sem a infraestrutura que suporta a continuidade dos serviços digitais. Dentro deste contexto, somos os Arquitetos da Continuidade. O que isso significa? Nossa missão é suportar, com nossas soluções de energia, refrigeração e gestão de data centers, o desenvolvimento da tecnologia 5G e Edge Computing no Brasil. A disseminação das redes 5G é baseada não somente nas nossas ofertas de produtos, mas, também, na inteligência Vertiv. Contamos com centenas de consultores que atuam no Brasil inteiro, oferecendo serviços essenciais para que o Edge Computing e as redes 5G avancem no nosso país.
VOIT -Sabemos que o 5G ainda levará anos para ser uma realidade no Brasil. Onde, no Brasil, já está acontecendo o Edge Computing (mini data centers espalhados por regiões pouco digitalizadas)?
Garrido – Embora as redes 5G ainda não sejam uma realidade no nosso mercado, o Edge Computing já é. Contamos com casos em grandes operadoras de Telecom, que estão levando o processamento de dados para muito além dos grandes data centers que possuem em nos principais centros urbanos. Outra área onde o Edge Computing já está mostrando resultados é no mercado de ISPs, provedores de serviços espalhados por todo o Brasil. Dezenas desses ISPs já contam com as soluções de mini data centers da Vertiv.
VOIT – Como você vê o mercado brasileiro de Internet Services Providers (ISPs) e qual o papel do mini data center na expansão desse segmento?
Garrido – O segmento de ISPs – um mercado que, segundo dados de 2017 da ABRANET (Associação Brasileira de Internet) conta com quase 7000 players – é, hoje, um dos mais interessantes no nosso mercado. A transformação digital não acontece somente nos grandes centros – cidades de todos os portes e inclusive áreas rurais estão exigindo cada vez mais serviços digitalizados. A meta é usar a Web para vender serviços e produtos das empresas usuárias (e-commerce) ou promover o uso cada vez maior de smartphones, serviços de streaming etc. Trata-se de um processo revolucionário em que o papel do ISP é crítico.
Dentro desse quadro, a velocidade de processamento e a baixa latência são essenciais para o sucesso de empresas de todo o Brasil. Os ISPs têm crescido muito em porte e em negócios, explorando plenamente essa oportunidade. Para isso, os ISPs têm investido em mini data centers da Vertiv, oferta que já vêm com a infraestrutura de energia, refrigeração e até mesmo gerenciamento pré-configurada. No nosso portfólio, partimos de um Smart Cabinet para montar, de forma ágil, uma fila de Smart Cabinets, um corredor de Smart Cabinets, etc. Trata-se de uma oferta modular e de implementação muito rápida.
O mini data center é essencial para tornar o Edge Computing real e isso já está acontecendo no Brasil – os ISPs são um dos principais vetores de disseminação dessa tecnologia.
VOIT – O que é igual no grande data center e no mini data center? O que é diferente?
Garrido – Todo data center tem o compromisso com a continuidade – é a base sobre a qual a economia digital acontece. A Vertiv está aplicando ao segmento de Edge Computing e data centers modulares a mesma excelência que caracteriza as soluções Vertiv em ação nos maiores e mais críticos data centers do Brasil e do mundo. Estamos colocando esses diferenciais ao alcance de empresas de menor porte e espalhadas por todas as regiões do nosso país. Dentro desse quadro, vale destacar nosso empenho e contínuos investimentos para levar serviços de alto nível para perto dos data centers, qualquer que seja seu porte e sua localização. Novos centros de serviços da Vertiv Brasil estão sendo criados em função disso. É algo essencial para garantir a continuidade dos processos digitais.
Na prática, as soluções e serviços Vertiv evitam o downtime do data center, qualquer que seja seu porte. Pesquisa realizada em 2016 pela Vertiv em conjunto com o Instituto Ponemon indica que, em média, 1 minuto de downtime do data center provoca perdas que começam na faixa dos 36 mil Reais.
Se pensarmos que cada data center suporta os negócios digitais de “n” empresas usuárias, fica claro que a falha na infraestrutura digital provoca prejuízos em cascata. A tecnologia e a inteligência Vertiv trabalham para evitar esse quadro.
VOIT – Qual o impacto do Edge Computing na vida de pessoas, nos processos das empresas e no crescimento do Brasil?
Garrido – Edge Computing é uma ferramenta que cria infraestrutura para o 5G. Esse modelo permite que as pessoas estejam mais conectadas, usem os devices para assistir vídeos em streaming e utilizam mais a internet, além de habilitar ambientes IoT 4.0 com baixa latência. Tudo isso já está mudando a vida de pessoas e empresas no nosso país.