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O vício do brasileiro por smartphone, em números



Classificado por alguns como “febre”, ou até como “vício”, o uso intensivo do smartphone por um número considerável de pessoas gera alguns costumes minimamente curiosos, de acordo com o “Global Mobile Consumer Survey – GMCS 2016”, estudo da Deloitte que apura o hábito de consumo de equipamentos e serviços de tecnologia móvel em 31 países do mundo. No Brasil, a pesquisa foi realizada com 2.005 pessoas de todas as regiões do país.

Entre os exemplos está o hábito cultivado por 37% dos donos desses equipamentos que participaram do estudo, que afirmam verificar suas mensagens instantâneas em aplicativos como o WhatsApp caso acordem no meio da noite. Já 28% dos pesquisados disseram que chegam a responder às mensagens durante a madrugada. No outro extremo estão 29% dos respondentes que afirmam nunca checar seus aparelhos durante a noite, nem mesmo para conferir o horário no relógio do aparelho.

A intensidade de uso também se estende aos extremos do dia. Pelo menos 32% dos donos de “telefones inteligentes” dizem que a primeira coisa que fazem ao acordar é olhar seu aparelho. Ao final do dia, 48% dos respondentes em 2016 disseram que dão uma última olhadinha no smartphone, cinco minutos antes de ir dormir.



A atividade priorizada por 33% daqueles que checam seu smartphone logo pela manhã é navegar pelas redes sociais. Logo a seguir, vem o costume de teclar nos aplicativos de mensagens instantâneas, que é privilegiado por 28% dos respondentes. Em terceiro, vem o hábito de checar e-mails pessoais, citado por 10% dos respondentes.

“Depois do fenômeno dos videogames, que mudou hábitos de várias gerações, especialmente de jovens, as facilidades proporcionadas pelas tecnologias condensadas em um único smartphone estão transformando o dia a dia de incontáveis pessoas em todo o mundo”, avalia Marcia Ogawa, sócia-líder para o atendimento à indústria de Tecnologia, Mídia e Telecomunicações da Deloitte. “Cada vez mais o smartphone torna-se um hub não somente para uso pessoal mas também para aplicações corporativas – o que converge para o fenômeno da transformação digital das empresas”, diz Marcia.

Teclando ao atravessar a rua
Não é raro vermos hoje em dia pessoas desatentas de olho na tela de seus smartphones realizando tarefas não recomendadas nessa situação. Por exemplo, a GMCS 2016 aponta que 15% dos pesquisados que possuem um smartphone costumam atravessar ruas interagindo com seus aparelhos.

Atravessar a rua olhando o smartphone é comum para 15% dos brasileiros
Atravessar a rua olhando o smartphone é comum para 15% dos brasileiros

Mais perigoso é saber que 12% dos participantes do estudo que têm telefones móveis frequentemente dirigem veículos usando seus aparelhos. Por outro lado, 44% dos usuários dizem que nunca conduzem seus carros dividindo a atenção com o smartphone.

E a hora de comer não é mais tão sagrada para uma parte considerável dos usuários de celulares. Trinta e cinco por cento daqueles que têm smartphones sempre, ou quase sempre, usam o telefone enquanto estão fazendo uma refeição em casa. O percentual recua um pouco, para 32%, em relação àqueles que ficam ligados ao aparelho enquanto se alimentam em restaurantes.

Durante o trabalho, 48% dos brasileiros admitem utilizar sempre, ou quase sempre, seus smartphones. Somente 6% afirmam que nunca usam seus aparelhos no horário de serviço. Diante dos aparelhos de TV, 51% dos pesquisados brasileiros conferem também com frequência seus aparelhos móveis. Os brasileiros também se sentem estimulados a estar conectados quando utilizam o transporte público: 46% dos participantes do estudo estão atentos a seus celulares dentro dos ônibus, metrô, trens etc.

Até as relações conjugais vêm sendo afetadas pelos costumes no uso do celular. Conforme apurou a pesquisa da Deloitte, 30% dos respondentes que possuem esse tipo de aparelho relatam pelo menos uma discussão de casal por semana em razão do excesso de uso do equipamento.

Presença extensiva do smartphone
O aumento do uso de telefones móveis foi estimulado com a popularização de acesso aos smartphones. Afinal, oito em cada dez dos brasileiros que participaram da GMCS 2016 já carregam consigo esses aparelhos. O percentual de 80% (quase o mesmo apurado globalmente pela pesquisa: 81%) de pessoas ouvidas em todo o país tendo acesso a esses equipamentos equivale a um crescimento de três pontos percentuais em relação aos 77% apurados em 2015.

A evolução é ainda mais significativa quando lembrada a penetração do smartphone em 2013. Na pesquisa daquele ano, apenas 29% dos participantes brasileiros possuíam ou tinha acesso aos “telefones inteligentes”.

A seguir, na preferência dos brasileiros, vêm: os laptops, com 65% dos participantes do estudo dizendo ter no mínimo contato com o equipamento (uma queda de quatro pontos percentuais em relação aos 69% do ano passado); tablets (queda do percentual de 43% em 2015 para 41% neste ano); eReaders (leitores eletrônicos, com alta de 4% para 6% na comparação anual); smartwatches (relógios conectados, também com alta de 4% para 6%); e fitness bands (pulseiras inteligentes, alta de 2% para 4%).

A grande novidade da pesquisa são os VR headsets, óculos de realidade virtual, que não haviam sido citados em 2015 e que aparecem com 6% dos respondentes afirmando já possuir ou, ao menos, ter contato com esse tipo de aparelho.

“O brasileiro, em geral, é reconhecido internacionalmente por ser ávido por novidades. Os lançamentos que ampliam as possibilidades de interação tecnológica são sempre valorizados por aqui”, afirma Marcia Ogawa, sócia-líder para o atendimento à indústria de Tecnologia, Mídia e Telecomunicações da Deloitte.

Predomínio das mensagens instantâneas
Perguntados sobre quais os meios de comunicação disponíveis em seus aparelhos foram usados na semana anterior à entrevista, o maior percentual de citações (79%) foi para os aplicativos de mensagens instantâneas, como o WhatsApp. O uso das redes sociais foi lembrando por 73% dos ouvidos, enquanto que 63% também disseram que se comunicaram por e-mail.

Além disso, o smartphone é ainda usado para fazer chamadas de voz pela operadora: 61% das pessoas lembraram terem recorrido a esse meio de comunicação. Também foram citadas as chamadas de voz por protocolo IP (47%) e as videochamadas (26%). Vale lembrar que os participantes puderam escolher múltiplas respostas a este questionamento.

Levando-se em conta a pesquisa de 2013, quando 80% dos usuários de celulares utilizavam as chamadas regulares de voz, a queda chega a 19 pontos percentuais nessa modalidade.

“A redução no uso do aparelho móvel para realizar chamadas de voz tradicionais é um fenômeno que vem sendo acompanhado de perto, e que causa certa preocupação entre as operadoras de telefonia. Em razão dessa mudança de hábitos, e das alternativas de comunicação possibilitadas pelas novas tecnologias, as empresas de telecomunicações têm se dedicado a repensar seus modelos de negócios para enfrentar essas tendências e seguir capitalizadas”, explica Solange Carvalho, diretora da Deloitte para o setor de Telecomunicações, Mídia e Tecnologia.

“Isso tudo está diretamente ligado à projeção das chamadas tecnologias OTT, ou ‘over the top’, que permitem a entrega de conteúdos audiovisuais e de outras mídias por meio da Internet. As operadoras acabam viabilizando o meio (que é a conexão de Internet) pelo qual os entrantes de OTT oferecem seus serviços e abrem concorrência direta com as primeiras”, acrescenta a executiva.

WhatsApp é o mais lembrado
Entre os respondentes que usam mensagens instantâneas, interagem em redes sociais ou se comunicam por e-mails, o WhatsApp é o aplicativo mais lembrado, com 85% de citações entre os brasileiros que possuem smartphones.

É interessante perceber que a faixa etária entre os 45-55 anos, formada pelas pessoas mais velhas ouvidas pela pesquisa, é a que utiliza com maior frequência as mensagens instantâneas, chegando a cerca de 90% dos ouvidos, ante pouco mais de 70% entre os jovens de 18 a 24 anos.

Considerando-se a percepção da maior parte dos participantes na GMCS 2016, o uso de todos os principais serviços de comunicação cresceu em relação à utilização relativa a um ano antes da pesquisa. Sobre os aplicativos de mensagens instantâneas, por exemplo, 82% das pessoas consideram que usam mais essa ferramenta do que há um ano. Somente 5% acham que reduziram a utilização.

Mesmo o uso de mensagens de texto (via SMS), que teve o maior equilíbrio entre os que entendem ter ampliado a sua utilização ante os que a reduziram, foi maior para 36% das pessoas, contra 31% dos que estimam uso menos frequente. Até as ligações de voz tradicionais evoluíram para 62% dos respondentes, ante 15% que tiveram impressão de queda na utilização.

Lista de desejos pessoais
A curiosidade e o desejo por novidades eletrônicas pessoais dão algumas dicas de como deve se comportar o consumidor brasileiro no breve futuro. Em relação à expectativa de compra, os smartphones seguem na dianteira, de acordo com a pesquisa, com 59% (mesmo percentual de 2015) dos participantes afirmando querer adquirir esse tipo de equipamento nos próximos 12 meses.

Os tablets aparecem em segundo lugar na lista de desejos, com 28% de citações (ante 32% no ano passado); seguidos pelos laptops, com 27% (também 32% na pesquisa anterior). Os smartwatches surgem em quarto lugar nas preferências (12%, contra 13% um ano antes); seguidos pelos já citados VR headsets (11%); fitness bands (8%, mesmo percentual de 2015); e eReaders (alta de 5% para 7% agora em 2016).

“Essa lista de desejos mostra, basicamente, que o brasileiro busca praticidade e eficiência para se comunicar e se manter conectado às novas tendências. Mas, também, destaca o profundo interesse que tem por equipamentos e novidades que nos propiciam acesso a opções de entretenimento. Serão bem-sucedidas as empresas que estiverem atentas a essas tendências e oferecerem as melhores soluções para suprir as expectativas dos consumidores”, diz Marcia Ogawa.

11% de smartphones roubados
Quando decidem trocar seu aparelho de telefonia móvel, menos da metade dos brasileiros acaba ampliando a vida útil de seus aparelhos. Dos 1.743 proprietários de telefones celulares que participaram do estudo, 32% dão o equipamento antigo a parentes ou amigos, enquanto que 9% decidem pela revenda. Vinte e dois por cento daqueles que trocam de telefone mantêm o antigo aparelho como reserva.

O mais interessante é perceber que 11% das pessoas ouvidas disseram que seus celulares foram roubados, ante 3% em relação à amostra global da pesquisa. Outros 9% jogam fora os aparelhos e 5% os perderam.

Compartilhamento de informações
Quase dois terços (65%) das pessoas que usam, ou que estão interessadas em usar, equipamentos conectados estão dispostas a compartilhar informações de utilização geradas pelos aparelhos. Ao contrário do que havia sido apurado no ano passado, os homens surgem em 2016 com maior tendência (69%) a dispor de seus dados do que as mulheres (62%). Em 2015, o público feminino liderava neste questionamento, com 68% de respostas positivas, contra 64% dos participantes do sexo masculino.

No recorte por idade, os jovens de 18 a 24 anos são os que têm menor apego às informações de uso (72%), contra 58% das pessoas entre 45 e 55 anos.

Tecnologia 4G acelera
O acesso a redes de dados de 4G praticamente dobrou em um ano, passando de 25% dos respondentes que contavam com essa tecnologia em 2015, para 48% na atual pesquisa. Dentre os usuários de telefones celulares, 38% dos que ainda não têm acesso à mais recente geração de transferência de dados estão interessados em aderir ao 4G, o que aponta um considerável potencial para a expansão desse mercado.

Necessidade de transferência de dados faz 4G crescer
Necessidade de transferência de dados faz 4G crescer

Com o crescimento das redes de dados em 4G, aumentou também a quantidade de pessoas que valoriza o acesso à internet em conexão móvel.

“O crescimento do acesso a 4G está muito relacionado à expansão da rede das operadoras dessa tecnologia. As pessoas que conhecem suas vantagens tendem a aderir muito rapidamente a ela. O maior empecilho costuma ser a necessidade de troca de aparelho que seja compatível”, explica Solange Carvalho.

Smart TV: principal sonho de consumo para a casa
Em relação ao interesse por itens conectados domésticos, pouca mudança foi registrada na atual pesquisa. Vinte e oito por cento dos brasileiros que foram ouvidos pela GMCS 2016 dizem possuir smart TVs, um ponto percentual abaixo do apurado em 2015. Outros 18% tinham acesso a consoles de games (dado abaixo dos 20% de um ano antes). É interessante perceber que os equipamentos voltados ao entretenimento são os que ainda têm mais presença nos lares dos brasileiros.

Os equipamentos que despertam o maior desejo de compra entre os brasileiros pesquisados em 2016 são: a própria smart TV (com 23% de citações); os sistemas de vigilância doméstica eletrônica (14%); smartwatches (12%); caixas de som sem fio (11%); e os equipamentos de streaming de vídeo, consoles de games e sistemas inteligentes de iluminação doméstica (cada um dos três com 10% das preferências).

Espaço para crescer
Um tipo de serviço que ainda tem grande espaço para crescer, por ser rejeitado por alegado temor em relação à segurança, é o de transações financeiras pelo telefone móvel. Quarenta e quatro por cento daqueles que têm um celular afirmaram à pesquisa não ter, nos últimos três meses, acessado pelo aparelho extratos bancários, feito pagamentos de contas ou de serviços, ou realizado transferências de dinheiro local ou internacionalmente.

Entre os que não rejeitam as operações eletrônicas, checar extratos ou saldos financeiros é a mais comum (47%), seguida por pagamento de contas de serviços (como luz ou água, 28%), transferência de recursos no Brasil (23%), pagamento de boletos (17%), enquanto que transferir dinheiro para o exterior é a menos citada (12%).

Também o temor em relação à segurança que envolve as transações financeiras por telefone móvel é a principal justificativa dada pelas pessoas que se negam a fazer pagamentos a lojas por meio do celular (32%). Apesar desse medo, 28% das pessoas não utilizam qualquer sistema de bloqueio por senha, PIN ou reconhecimento de digital em seus smartphones.

Vale lembrar que, segundo a pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2015, realizada pela Deloitte, o uso dos canais digitais no setor bancário segue em consolidação no Brasil, com destaque para a forte expansão registrada no ano passado pelo mobile banking, que registrou 11,2 bilhões de transações bancárias no ano passado, um crescimento de 138% em relação a 2014, quando 4,7 bilhões de operações foram feitas pelos clientes.

Baixar APPs, um novo hábito
As pessoas vêm recorrendo cada vez mais ao acesso a aplicativos (os chamados APPs) para facilitar sua vida, dispor de novos instrumentos de comunicação ou trabalho e contar com variadas opções de entretenimento. Atualmente, 59% dos respondentes estimam ter baixado para seus aparelhos até 20 aplicativos, além daqueles já instalados pelo fabricante.

“Os aplicativos são essenciais para valorizar a capacidade de multiplicadores de tarefas dos smartphones. Por isso, as pessoas que utilizam esses aparelhos estão cada vez mais interessadas em ter acesso a esses softwares para ampliar suas opções de acesso a ferramentas de comunicação, instrumentos de trabalho ou recursos de entretenimento. Esse é um nicho de mercado que está transformado em milionários, ou até bilionários, alguns jovens criativos, por exemplo”, afirma Márcia Ogawa.

Navegadores x aplicativos
Quase metade (49%) das pessoas que utilizam smartphones para procurar ofertas de produtos para compra preferem realizar essa tarefa usando navegadores tradicionais. Para essa atividade, os aplicativos são preferidos por apenas 12% daqueles que participaram do estudo.

Pouco mais de metade dos donos de smartphones (52%) tiram fotos com seus aparelhos diariamente, enquanto que 39% do total daqueles que têm esses aparelhos compartilham suas imagens em redes sociais ou em aplicativos de mensagens instantâneas.

Ainda levando-se em consideração aqueles que têm smartphones, 33% deles dizem produzir vídeos pelo menos uma vez por semana.

Outro interessante dado capturado pela pesquisa é o que mostra que os usuários de smartphones mais velhos, da faixa entre 45 e 55 anos, são os que mais fazem upload ou compartilham vídeos com mais frequência. Segundo a pesquisa, 40% deles praticam esse hábito todos os dias. Outros 14% o fazem semanalmente. Para comparar, somente 30% dos jovens entre 18 e 24 compartilham vídeos diariamente, e outros 14% o fazem pelo menos uma vez por semana.

Internet das coisas – IoT
A penetração de aparelhos e equipamentos domésticos ou automotivos conectados (classificados dentro do conceito de IoT – Internet of Things, ou internet das coisas) continua baixa no Brasil, de acordo com a GMCS 2016, mesmo entre os chamados “early adopters” (consumidores que compram todas as novidades tecnológicas, assim que elas são lançadas) e os “early considerers” (aqueles que compram novos aparelhos caso de fato gostem deles).

Lojas físicas são as preferidas
O brasileiro que compra smartphones prefere fazê-lo em lojas físicas. Segundo a pesquisa GMCS 2016, 42% dos donos desses aparelhos recorreram a estabelecimentos tradicionais para adquiri-los. Dentre estes, 46% escolheram lojas de departamentos; 15% optaram por lojas da operadora de telefonia; 10% foram a casas de venda de equipamentos eletrônicos; 8% recorreram a unidades dos próprios fabricantes; 7% adquiriram seu equipamento em lojas de celulares; e 4% fizeram a compra em supermercados.

Já dos 35% que compraram smartphone pela internet, pouco mais de um terço (35%) recorreram a lojas que existem exclusivamente pela Internet; 21% foram a sites de lojas de departamento tradicionais; 17% adquiriram em sites de empresas de venda de eletrônicos diretas ao consumidor; 5% optaram pelo site dos fabricantes; outros 5% fizeram a compra direta de outra pessoa; 2% recorreram a sites de operadoras; e 1% fechou a compra em lojas exclusivas de celulares.

Somadas as duas modalidades de comércio, online e físico, a predominância é de compras feitas em lojas de departamento (35%); seguidas por comércios varejistas de eletrônicos (13%); e em estabelecimentos exclusivamente online (16%).

1/3 aprova operadoras
Uma parcela dos usuários de serviços de telefonia móvel demonstra estar contente com os serviços prestados, já que 35% dos participantes da pesquisa afirmam que recomendariam sua operadora a colegas ou familiares. Outros 33% disseram que nem indicariam, nem criticariam a empresa. O menor grupo, formado por 32% dos participantes, desencorajaria as pessoas conhecidas a contratar sua operadora.

Vários serviços contratados
Mais de dois terços dos usuários de celulares pesquisados conta com algum outro serviço adicional oferecido por sua operadora. O mais comum é o telefone fixo, lembrado por 35% dos respondentes. O acesso doméstico à Internet é o segundo mais comum (28%), acompanhado por acesso público por Wi-Fi (em estabelecimentos ou no transporte público, 19%). Este último é justamente o serviço mais desejado por aqueles que não o possuem (com 29% de citações); seguido pelo acesso a programação de TV via streaming (24%); acesso doméstico à Internet e TV a cabo ou via satélite (ambos com 22%).

Ainda segundo a pesquisa, em geral, os usuários de telefones móveis têm uma visão negativa em relação à propaganda divulgada nesses aparelhos. Enquanto 32% dos pesquisados afirma notar propagandas inseridas antes do início de um vídeo, por exemplo, apenas 11% se dizem receptivos a esse tipo de abordagem publicitária.

O estudo “Global Mobile Consumer Survey 2016” foi realizado pela Deloitte com 53.000 consumidores, em 31 diferentes países dos cinco continentes. No Brasil, a pesquisa online ouviu 2.005 pessoas de todas as regiões do país, com idades entre 18 e 55 anos.

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