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Outlets rumam em direção aos centros urbanos



Mudança do perfil de comportamento da população e concentração de 66% das
pessoas em centros urbanos no mundo até 2030 provocam a movimentação

Contrariando o conceito de outlet puro – centro de compras distante das cidades com ofertas de produtos de coleções passadas com descontos acima de 50% -, novos outlets começam a ganhar espaço dentro ou muito próximos dos centros urbanos. O movimento começou a ganhar força há pouco mais de dois anos nos Estados Unidos e começa a se espalhar pelo mundo.

“O perfil do consumidor, mais especificamente da geração milênio, é outro e a frequência com que os americanos vão aos outlets cresceu para mais de seis vezes ao mês”, afirma André Costa, sócio-fundador da Agência Brasileira de Outlets (About). “Em decorrência da nova realidade, quanto menos distância a ser percorrida, melhor para este novo consumidor”.



E não é só isso. Segundo estudo do United Nations Departament of Economic and Social Affairs (UM Desa), 66% da população mundial deverá… [read more=”Continuar lendo…” less=”Menos”]

…se concentrar na área urbana até 2030, contra os 54% atuais. Os outlets, na visão de Costa, acompanharão este movimento. No Brasil não será diferente. “Em São Paulo, viajar em um raio de 100km faz sentido, porque as estradas são boas, mas em outras regiões não”, afirma Costa.

No conceito, os outlets urbanos têm como característica agregar mais serviços e entretenimento; área bruta locável (ABL) abaixo de 10.000 m2; foco no público mais jovem, com menor propensão a deslocamentos longos; forte aposta no segmento de moda, mas com muito lazer e entretenimento e algum serviço. É fato que esse modelo ainda não pode ser encontrado no Brasil, pelo menos definido como tal. Mas, sem sombra de dúvida, alguns outlets nacionais reúnem boa parte destas características. Entre eles, destacam-se o Só Marcas Outlet, de Contagem, MG; o América Outlet, em Feira de Santana, BA, que deu início à expansão de seu mix de entretenimento, com abertura de salas de cinema e o Belo Horizonte Outlet Plus que peca pela falta de entretenimento e lazer.

Nessa linha, novos outlets começam a ser estruturados e prometem agitar o mercado, como o Fernão Dias Outlet que também recebe este ano salas de cinema; o Lapa City, que será inaugurado em agosto de 2018 e o City Aracaju, o primeiro de Sergipe a nascer com esse perfil, oferecendo conveniência e lazer. O City Aracaju será construído em uma das principais zonas de expansão imobiliária da cidade, o equipamento contará com 10,2 mil m2 de ABL na primeira fase, 800 vagas de estacionamento, 10 fast foods, 57 lojas e apenas 8 lojas de serviços.

Demanda existe. Entre janeiro de 2011 e junho de 2014 (dados mais recentes) 62 outlets foram abertos em 20 países. Nos Estados Unidos, as vendas dos shoppings de descontos saltaram de US$ 19 bilhões em 2009 para US$ 45,6 bilhões em 2015, de acordo com levantamento da Value Retail News. Ainda segundo o estudo, as vendas dos outlets americanos cresceram 17,9% logo após a crise econômica, contra 2,5% de aumento nos shoppings tradicionais.

Em 2016, segundo dados da About, os outlets em operação no Brasil movimentaram cerca de R$ 3,2 bilhões, 28% a mais em relação a 2015. Até 2019, o país terá mais 10 empreendimentos nessa categoria, a maioria ainda concentrado no Sudeste.

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