Os cartões SIM de celulares hoje em dia obrigam os clientes a ficarem atrelados às operadoras. O modelo atual é bem criticado porque realmente prende as pessoas às estratégias de lucratividade dessas empresa que, nem sempre, estão em sintonia com o que o usuário quer. Mas um acordo em fase avançada entre Apple e Samsung, e que conta ainda com o consórcio de mobilidade GMSA, pode mudar isso. A ideia é fazer o chip ser parte dos aparelhos e independente das empresas de telefonia.
A GSMA divulgou comunicado dizendo que a novidade permitiria integração imediata dos dispositivos com a rede. Isso seria uma grande etapa de avanço para a internet das coisas (IoT). Um dos problemas de ter outras “coisas” conectadas na internet seria o custo disso em um modelo agressivo de faturamento e retenção de clientes que as operadoras utilizam hoje em dia. Com o novo SIM, o consumidor adquire o novo device com conexão e já está pronto para utilizar os serviços oferecidos.
Vamos pegar um exemplo hipotético que há muito tempo é teorizado. Uma geladeira conectada na rede e com a tecnologia do IoT poderia controlar o que há dentro dela, de acordo com o que a pessoa usa. Assim, se ela costuma fazer um bolo por semana e só tem um ovo na geladeira, o aparelho doméstico avisaria um varejo que isso está faltando e o estabelecimento enviaria uma mensagem para o consumidor oferecendo uma dúzia e mais outros produtos. Se a operadora de telefonia quiser faturar em cada etapa dessa comunicação e na banda, o serviço fica inviável paro supermercado e para o consumidor final. Um SIM card independente resolveria isso.
A novidade ganhou destaque no mundo. O comunicado partiu primeiramente da GMSA porque seu presidente está de saída e está divulgando os projetos que desenvolveu. Mas a notícia foi muito bem recebida porque é um passo importante para o avanço da IoT e um novo mundo de negócios baseados na internet das coisas