A fabricante de eletroeletrônicos coreana Samsung continua firme em sua jornada ruim nos negócios. O ano de 2017 parece ser somente uma continuação do que foi 2016, que marcou a empresa pelo fiasco do Galaxy Note 7 que possuía baterias que pegavam fogo. No final da tarde desta quinta-feira, 16 de fevereiro, as autoridades da Coreia do Sul aprovaram o pedido de prisão do virtual dono da empresa, o Vice Chairman Jay Y. Lee, por corrupção. No mesmo dia, a Fortune mostrou que a marca despencou no ranking das mais valiosas.
Um tribunal sul-coreano aprovou o mandado para Lee, chefe interino do Samsung Group, membro da família que controla a empresa e chefão de fato da companhia. Ele é um dos principais personagens de um escândalo de corrupção que envolve o governo e o mundo dos negócios naquele país.
Lee teria participação em um esquema de suborno com a presidente afastada em atual processo de impeachment, Park Geun-hye. O dinheiro envolvido teria sido enviado à fundações ligadas à cúpula do governo e servido a interesses particulares da mandatária política. Em contrapartida, a investigação do esquema aponta que o governo teria influenciado decisões nos rumos da empresa e que favorecessem o executivo e a família. Lee ainda é acusado de desfalque e perjúrio.
O pedido de prisão reverte uma decisão do mês passado, quando o Tribunal Distrital Central de Seul, rejeitou um mandado contra Lee, o vice-presidente da Samsung, de 48 anos. Junto com o suborno, Lee também foi acusado de desfalque e perjúrio.
Marca perde forçasse
No mesmo dia do pedido de mandato, a Samsung foi golpeada com outro fato desmerecedor. A marca está fora do Top 50 das mais admiradas da revista Fortune. O ranking é um indicador de quem está com boa imagem no mercado e está longe de ser sensível a escândalos. Se uma empresa cai nessa lista, é porque a situação está pra lá de incontrolável.
Para se ter uma ideia, a Apple, líder do ranking, teve um 2016 contestável. Seu último iPhone não apresentou grandes inovações e alguns problemas técnicos de projeto obrigaram a empresa a soltar atualizações e comunicados oficiais não planejados. Outro produto, o tablet iPad, está em franca decadência e o smart watch da marca ainda não decolou. Esses e outros percalços nem arranharam a liderança da Apple na lista de mais admiradas.
Em compensação, a Sansung, que havia sido 35a colocada em 2016, praticamente sumiu de vista. Fora das 50 primeiras, a marca aparece com traço na busca das mais admiradas da Fortune. A empresa deve anunciar nas próximas semanas o substituto do Note 7. As informações não confirmadas até agora apontam para um smartphone poderoso, elegante e com algumas inovações. A única certeza que se pode ter sobre o futuro lançamento é que ele carregará o fardo de ser o responsável por recuperar a credibilidade da empresa, ao menos na reputação de bons produtos.
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