Neurologista explica os impactos
psicológicos dessa pandemia
O Dr. Saulo Nader, neurologista do Hospital Albert Einstein e USP, fala neste podcast sobre como o nosso psicológico reage diante da situação que estamos vivendo e dá várias dicas de como podemos conviver com a ameaça do COVID-19.
Embora tivéssemos muita informação a respeito do que vinha ocorrendo lá fora, a chegada devastadora por aqui deverá mexer e muito com o emocional das pessoas. E como será que o cérebro reage neste tipo de situação?
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E se eu me contaminar? E se eu perder meu pai ou alguém querido com a infecção?
E se faltar comida no mercado? E se meu remédio não chegar na farmácia? E se eu tiver que entrar em quarentena? Como vou conseguir trabalhar se tudo esta parando? Como vou manter minha empresa faturando? E se eu não conseguir ganhar dinheiro nesses meses, como vou sobreviver? O que será da economia mundial?
“A eminência de algo ruim ocorrer nos assombra, e difícil pensar que uma pessoa informada e sensata, nesse momento, não se sinta com medo. Estranho seria não sentir o temor diante de tudo que vemos e ouvimos nesse período de crise. O problema é que o receio e o medo podem dominar nossa mente e adoecer nosso cérebro”, exemplifica 0 Dr. Nader.
Segundo o médico, o sistema límbico, que é a grande central das nossas emoções no cérebro, funciona através de partículas químicas, os neurotransmissores (como serotonina, noradrenalina e histamina, por exemplo). Acontece que, com o medo e o receio, essa química cerebral pode entrar em colapso. Saulo reforça que o excesso da adrenalina e noradrenalina produzida pelo pavor pode levar nosso cérebro a adoecer, levando a ansiedade, angústia, depressão ou pânico.
Pior ainda, o médico conta que com o emocional fragilizado, as nossas defesas também caem: e assim podemos ficar ainda mais expostos e menos resistentes ao temido COVID-19. E outra, ansiedade e angústia excessiva pode dar falta de ar e até mesmo se confundir com uma dificuldade para respirar pelo COVID-19.