A polícia de Tóquio divulgou um vísdeo no qual mostra seus testes bem sucedidos para capturar drones usando aparelhos semelhantes, mas que carregam redes. O drone interceptador está pronto para uso e deve proteger os céus da capital japonesa a partir de agora. Muito futurista pra você? Talvez você não saiba os motivos que levaram a isso.
Em abril, o primeiro ministro japonês estava nas manchetes de jornal por ter encabeçado as conversas sobre novos investimentos na geração de energia nuclear no país. Boa parte da população ainda estava receosa com as consequências de má administração de usinas e os desastres de isso causa. Em março de 2011, os reatores da usina de Fukushima começaram a derreter e lançar material radioativo no ambiente após serem atingidos por um tsunami.
O tema é polêmico no Japão.
O país tem poucas condições de gerar energia de outra forma e o consumo aumenta a cada ano. Com isso, grupos defensores e combatentes da energia nuclear costumam ter debates acalorados. Eventualmente alguém sai do controle e toma uma ação mais radical.
Foi o que ocorreu em abril de 2015, quando um militante antinuclear usou um drone para deixar material radioativo no teto da residência do primeiro-ministro japonê, Shinzo Abe. O aparelho foi avistado em tempo e a casa foi desocupada, sem danos maiores. Mas desde então as autoridades começaram a pensar em como combater novos casos do tipo. Não daria para atirar em todos os drones, há um risco enorme de atingir alguém inocente.
A alternativa mais viável tornou-se usar a mesma arma, drones. E, para capturar outros objetos voadores, nada melhor do que uma rede. A polícia de Tóquio está treinando uma equipe especial para controlar os drones interceptadores.
O Japão está em dia com o tema drones. Ontem, 10 de dezembro, o departamento de aviação civil do país publicou as novas diretrizes para esse tipo de aparelho. O texto proíbe que o drone voa em áreas residenciais muito povoadas, aeroportos e outros edifícios estratégicos.
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