Guarde essa notícia para a posteridade e para contar aos netos. Provavelmente o episódio será conhecido como o primeiro caso de um robô policial matando um humano suspeito de crime. O caso ocorreu em Dallas, em plena convulsão social na cidade após protestos que deixaram cinco policiais mortos e outros sete feridos, juntamente com dois civis.
No clima já tenso desses últimos dias, com as forças da cidade sendo acusadas de matarem a população negra, a polícia trocou tiros na quinta-feira, 7 de junho, à noite com um suspeito. Em vez de brancos contra negros, a situação pode expor o primeiro conflito sério entre robôs policiais e humanos.
Dentro de um centro comercial de Dallas, o suspeito estava foragido e armado. Os policiais tentaram uma negociação para que ele se entregasse. As conversas não avançaram e o clima ficou tenso. O homem armado parecia com o controle da situação, ele estava bem abrigado e com ampla visão dos policiais que tentavam se aproximar. Também não havia campo de visão para um tiro certeiro que imobilizasse o suspeito.
Foi quando o chefe da operação teve uma ideia inusitada. Ele solicitou ao departamento que enviasse um robô usado no desarme de explosivos. Com o controle remoto na mão, os policiais guiaram o autômato sorrateiramente por entre os carros do estacionamento e fizeram o robô largar um artefato explosivo perto do suspeito.
Após a retirada do robô do local, a bomba foi acionada. A explosão matou o suspeito. “Não vimos nenhuma outra opção a não ser usar nosso robô bomba e colocar um dispositivo para detonar perto do suspeito”, disse o chefe de polícia de Dallas, David Brown, durante uma conferência de imprensa. “Outras opções teria exposto os nossos oficiais a grande perigo.”
O modelo usado é provavelmente um Northrop Grumman F6A ou F6B, comum nas forças policiais americanas. Mas o modelo é amplamente customizável e, embora tenha sido construído para analisar e ativar bombas, ele pode ser adaptado com dezenas de braços, armas e sensores.
Os agentes da lei robotizados são clássicos na ficção científica. O envio de um “robot bomb” não era exatamente o que previam os roteiros de filme. Mas funcionou.
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