A Polícia da Inglaterra começa ontem, 17 de outubro, a usar massivamente um novo aparato tecnológico para identificar suspeitos e combater o crime. Os agentes que saem às ruas das cidades estão sendo equipados com câmeras para gravação de cenas e monitoramento das leis . Até o meio do ano que vem, mas de 22 mil policiais usarão o novo equipamento em suas rotinas de trabalho.
De acordo com o comissário-geral da Polícia inglesa, Bernard Hogan-Howe, as câmeras foram aprovadas por órgãos que tratam do assunto e sugeridas por especialistas de combate ao crime, antes da adoção. O equipamento, batizado de Body Worn Video (BWV – em inglês, vídeo junto ao corpo), será fornecido pela empresa Axon.
As câmeras não estarão sempre em funcionamento. Pelas leis inglesas, há limites para a invasão da privacidade dos cidadãos, além de práticas exigidas dos policiais. Os agentes deverão avisar pessoas que irão iniciar uma gravação e o equipamento, colado na parte da frente do uniforme, emitirá uma luz vermelha intensa para avisar que está coletando imagens. “Nosso trabalho precisa ser eficiente, mas precisa parecer ser bom aos olhos do cidadão”, diz Hogan-Howe.
Passe o mouse pela imagem abaixo para ver os vídeos sobre o equipamento.
Confissões
As imagens não servirão aos tribunais como provas. Elas serão deletadas após 31 dias caso não sirvam para flagrante ou prisão. O objetivo da polícia inglesa é diferente de armazenar imagens para inquéritos. De acordo com o comissário, estudos internos mostram que há um aumento no número de confissões de suspeitos quando existem provas em cenas gravadas. “Isso acelera a parte da Justiça, colocando criminosos atrás das grades e, mais importante, protegendo vítimas”, aponta o comissário, em comunicado da corporação.
O uso de câmeras em forças policiais é algo que vem crescendo. Como toda tecnologia, há pontos favoráveis e críticas severas. Outros estudos feitos por órgãos de segurança pública que adotaram o equipamento revelam que a novidade inibe o comportamento agressivo dos policiais e ações impensadas que resultam em vítimas desnecessárias. Há, no entanto, questões de privacidade das imagens de transeuntes sem qualquer relação com os suspeitos ou mesmo captura de momentos íntimos por descuido (como uma casa com janela aberta).
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