Entre as várias maneiras de combater o crime organizado e suas consequências maléficas para a sociedade, a tecnologia vem ganhando papel de destaque. No estudo Unisys Security Index 2017, a tecnologia aparece como importante agente transformador para a prevenção. Dos mais de 1.000 entrevistados pela Unisys no País, 53% acreditam que investir em novas tecnologias via agentes e órgãos de segurança acelera a resolução de crimes e 46% afirmaram que a proteção de nossas fronteiras é a melhor opção para diminuir a entrada ilegal de armas e drogas.
Além disso, a pesquisa aponta as áreas mais relevantes para o combate à criminalidade, segundo os brasileiros. Entre os participantes do estudo, 64% selecionaram o investimento em programas de educação, 63% o estabelecimento de um código penal mais rigoroso, 41% indicaram que o ideal seria contratar e treinar mais policiais, enquanto que apenas 20% sugerem a construção de novas prisões.
O Unisys Security Index é um índice de referência mundial sobre o tema segurança e considera as seguintes variáveis para sua construção: Segurança Pessoal, Segurança Pública, Segurança na Internet e Segurança Financeira, o que determina um indicador de cada país pesquisado e um global, em uma escala de 0 a 300, na qual 300 é a maior taxa de preocupação com o tema segurança e 0 a menor. No Brasil, o índice total apresentado foi de 189 pontos, enquanto que a média no mundo foi de 173 pontos.
Escolaridade
Quanto ao grau de escolaridade, um dado que chama a atenção no Brasil é o alto índice (57%) de apoio à alternativa de se investir em novas tecnologias para a resolução de crimes de maneira mais rápida e eficiente, indicada pelos participantes da pesquisa com alto grau de escolaridade. A mesma opção foi escolhida por 37% dos respondentes com nível de escolaridade média ou inferior e por 49% dos entrevistados com nível técnico.
No México, onde foi realizada a mesma pergunta sobre as melhores maneiras de combate ao crime organizado, 51% dos entrevistados apontaram a tecnologia como a melhor solução para resolver este problema. Outros 50% acreditam no maior rigor para o estabelecimento das leis como melhor alternativa, 48% a maior ênfase em projetos de educação, 40% a contratação e treinamento da força policial e apenas 7% acredita que a questão do crime organizado seria melhor resolvida com a construção de novas prisões. Apenas 30% indicaram a proteção de fronteiras para evitar o tráfico de armas e drogas no País.
“Analisando o contexto da segurança pública no Brasil, sabemos que não existe uma fórmula pronta e imediata para a resolução das questões que foram evidenciadas na mais recente crise no sistema prisional brasileiro, ocorrida no início deste ano. O mais importante é mudar a abordagem, passando de uma postura de remediação para a de prevenção. É evidente que um plano de longo prazo deve contemplar investimentos em várias frentes, mas sem dúvida a priorização de tecnologias de ponta é aquela que pode trazer benefícios já no curto prazo, com a melhor gestão do fluxo de detentos, controle sobre produtos ilegais que entram e saem do País via fronteiras e aplicação de inteligência em investigações policiais”, explica Maurício Cataneo, diretor presidente da Unisys Brasil e Vice-Presidente de Finanças para a América Latina.
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