Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a partir do portal G1, o preço médio de veículos usados no país caiu, em abril deste ano, após 21 dias seguidos de alta. Em contrapartida, os veículos novos tiveram, na ocasião, a vigésima alta seguida. De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), os preços médios de automóveis usados tiveram queda de 0,47% na passagem de março para abril, levando em conta a inflação oficial do Brasil.
O cenário paralisou a série de alta iniciada em julho de 2020. Os preços médios de automóveis novos, por sua vez, cresceram 0,44% na mesma base comparativa, dando continuidade às altas, iniciadas em setembro de 2020. No ano, carros novos permaneceram 4,86% mais caros, e os usados cresceram 3,36%. Em 12 meses, o crescimento foi mais elevado entre os novos, ficando em 17,58%, ante 15,48% entre os carros usados.
Segundo o analista da pesquisa do IBGE, o movimento dos preços é oriundo da crise do setor automobilístico por conta da pandemia de Covid-19: “Com a pandemia, ocorreu um desarranjo das cadeias globais de produção e, por conta disso, houve falta de peças para a produção de automóveis. Aos poucos, a indústria busca se ajustar ao novo cenário de mercado”, disse. No momento, a indústria passa por falta de peças e componentes eletrônicos.
Frota de automóveis fica mais velha no Brasil
Segundo estudo do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), a partir do portal IstoÉ Dinheiro, a frota do país está ainda mais velha, o que inclui os modelos a combustão. O envelhecimento foi influenciado nos últimos anos pandêmicos, que fez com que o acesso a carros novos ficasse mais complicado por conta dos preços mais altos ou da falta de componentes para a fabricação.
Na ocasião, em maio deste ano, 23,5% dos automóveis circulando no Brasil possuíam até cinco anos de uso (seminovos). Há dez anos, esse número era de 43,1%. Já os automóveis com mais de 16 anos de uso foram de 18,8% da frota para 19,4%, e os de seis a quinze anos foram de 38,1%, em 2012, para 57,1%, segundo o Sindipeças.
A pesquisa ainda apontou que, em 2021, a frota brasileira era composta por 38,2 milhões de automóveis, com idade média de dez anos e cinco meses – a mais velha em 26 anos. Unindo comerciais leves, caminhões e ônibus, o volume da frota é de 46,6 milhões, e a idade média, de 10,3 anos – a mais elevada desde 1994.