A aula já começou há mais de meia hora e os alunos ainda não conseguiram mostrar que estão concentrados no que está sendo ensinado. Ninguém está falando alto ou promovendo bagunça, mas pesa um clima no ar de que nada está sendo aprendido. O que fazer? Um professor da Universidade de Sichuan, na China, descobriu uma tecnologia que ajuda a descobrir quem está entediado na sala. Wei Xiaoyong, que leciona ciências na instituição começou a usar reconhecimento facial para descobrir o nível de aborrecimento dos alunos.
A tecnologia desenvolvida pelo professor consegue “ler” as expressões faciais dos estudantes para identificar quem está estimulado com a aula ou não. As imagens coletadas são transformadas em gráficos que mostram uma curva de interesse de cada aluno ao longo do ano letivo. “Quando nós correlacionamos esse tipo de informação com a nossa forma de ensinar, é possível saber de verdade se estamos atraindo a atenção dos alunos ou não”, comentou Wei em entrevista ao China Times.
O reconhecimento facial não é uma tecnologia nova e vem sendo aprimorada ao longo de anos. Sua linha mais concreta para utilização na sociedade tem sido na segurança pública e privada. Arenas esportivas possuem dezenas de câmeras sensíveis que captam rostos e cruzam informações com bancos de dados policiais para identificar torcedores violentos e pessoas procuradas pelas autoridades.
O uso no varejo também tem crescido nos últimos anos. Identificando fisionomias dos clientes, é possível identificar se eles estão satisfeitos ou não dentro do ponto de venda. Com isso, o vendedor pode fazer uma oferta mais apropriada ou mudar o discurso comercial para atender melhor o consumidor.
Novas fronteiras na sala de aula
O uso na sala de aula é algo inusitado. E, de certa forma, nos faz pensar como sempre deixamos a educação de fora dos avanços tecnológicos. O professor Wei ressalta que isso pode mudar a didática adotada pelo professor do mesmo modo que agiria em uma loja. “Você começa a se perguntar se a linha adotada é boa para ensinar aquele conteúdo ou se a matéria está OK para aquela turma”.
O professor começou a testar a tecnologia de reconhecimento facial há cinco anos. Ele agora diz que ela está suficientemente boa para ser repassada a outras salas de aula na China.
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