Home NOTÍCIAS Promessas malucas de Trump para a tecnologia escondem ideias. Conheça-as

Promessas malucas de Trump para a tecnologia escondem ideias. Conheça-as

Durante a campanha eleitoral americana, a candidata democrata à presidência, Hilary Clinton, ficou conhecida como a preferida do setor de tecnologia. O republicano Donald Trump, pelo contrário, não conseguiu esse rótulo de querido pelo setor. Com isso, suas políticas setoriais ficaram em segundo plano. Mas elas existem e – definido o resultado – é melhor conhecê-las, já que a tecnologia americana influencia essa vertical de negócios em todo o mundo, desempenhando papel fundamental na vida de empresas e pessoas de vários países.

Trump é polêmico e suas políticas para o setor seguem a mesma linha. Mas como essa fase de exageros para conseguir votos acabou, é bom usar o bom senso para tentar perceber a direção de cada bravata que foi gritada para garantir a eleição. E são várias. Por trás delas, certamente há planos e visões sobre os rumos dos negócios.

A mais conhecida promessa de campanha para o setor é a recuperação da indústria de tecnologia americana. No palanque, o candidato republicano dizia algo como “vou mandar a Apple construir seus malditos computadores de novo nos Estados Unidos”. O mesmo foi dito sobre os biscoitos Oreo e os carros da Ford.

Limpando os exageros, temos nisso a ideia de revitalizar a indústria americana de tecnologia. Será impossível obrigar a Apple ou qualquer outra empresa a trazer fábricas de volta aos EUA. PCs, notebooks e smartphones são, na maioria das vezes, apenas juntados pela empresa que é dona de uma marca. Quase todas as peças são de terceiros. E além de tudo, esses segmentos da computação não andam bem, com quedas de vendas seguidas.

Levando esses aspectos em conta, menos complicado seria impulsionar fabricantes de dispositivos da internet das coisas (IoT). Torradeiras, fechaduras, climatizadores e qualquer objeto hoje em dia pode ter conectividade e processamento computacional. Então, o mais fácil para o novo presidente americano seria impulsionar a nova tecnologia e deixar a tradicional como está.



Muro digital
O mais do que polêmico muro que o candidato Trump prometeu construir na fronteira com o México para evitar a “invasão de imigrantes” também pode ter nova versão com presidente agora eleito. Subir uma construção dessas custaria pelo menos US$ 12 bilhões, segundo algumas estimativas. E há diversos problemas de engenharia envolvidos (a fronteira sul americana é um conjunto de rios, montanhas, desertos e praias) que podem elevar o valor. Pra quem prometeu cortar custos, há uma clara inverdade na proposta.

Menos complicado seria elaborar um refinamento da imigração com uso de tecnologia. Oficiais de fronteira já apontaram que o uso de drones para patrulhamento e vigilância, junto com sensores de movimento, seriam melhorias com resultados surpreendentes. Essa chegou a ser uma sugestão do site noticioso Breitbart, um dos únicos que apoiaram a campanha de Trump. O jornal propôs usar até satélites e chegou a dar um nome pra isso “sistema Guerra nas Estrelas”.

É preciso considerar também que o novo presidente controlará as dezenas de agências de espionagem americanas. Ou seja, se ele se esforçar e tiver apoio de especialistas no assunto, nenhum imigrante ilegal dá um passo sem que os guardas de fronteira saibam disso.

Talentos de fora
Trump ganhou muitos votos com discurso de ódio contra imigrantes. Mas ele mesmo já havia dito que é a favor de talentos de outros países, principalmente se estudaram em uma das universidades de alta qualidade dos EUA. Ele também sinalizou claramente algumas vezes que pretende coibir abusos no visto H1-B, de trabalho para profissionais altamente qualificados. Esse visto pode ser modificado ou até abolido.

Incógnitas
Trump já declarou que não é fã da neutralidade da rede. Vários empresários que querem menor regulação para filtrar tráfego, evitar que novas empresas como a Netflix e Uber existam, etc, estiveram ao lado do então candidato na campanha. Eleito, não há ainda sinais de o que ocorrerá com a neutralidade da internet e a chamada economia colaborativa.

As políticas de controle de poluentes e negócios sustentáveis também estão no limbo. Durante a campanha, Trump chegou a dizer que o aquecimento global era um “boato inventado por chineses para deixar a indústria americana não-competitiva”. Só que o aquecimento global também é negócio para muitas empresas americanas. A cloud computing (computação em nuvem), por exemplo, cresceu muito com a demanda por diminuir a emissão de carbono nos data centers que eram abrigados em empresas pelo mundo.

A perplexidade fica por conta da cibersegurança. Ambos os candidatos foram ruins durante a campanha para analisar esse tema, com Trump tendo fracassado mais profundamente ao expor planos sobre o assunto. Será preciso esperar a confirmação de seu gabinete que cuidará da segurança interna dos EUA e do digital. Mesmo considerando sua inaptidão para isso, é preciso lembrar que qualquer um que fosse eleito enfrentaria um cenário novo de guerra cibernética e ninguém teria mais interesse em liderar os avanços nessa área do que o 45o Presidente dos Estados Unidos.

 

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