A Copa do Mundo 2022 acontecerá entre os dias 18 de novembro e 22 de dezembro, no Catar. Serão 32 seleções na disputa pelo título, das quais 14 já estão classificadas e têm a participação confirmada, como é o caso do Brasil.
Diante dos preparativos para a realização do mundial, os apaixonados por futebol fazem suas apostas sobre qual país vai se consagrar como o campeão.
Muito além da torcida, há apostas que são embasadas em avaliações matemáticas para que possam ser mais certeiras. De acordo com o cálculo de probabilidades, a chance de um país vencer o mundial é uma em 32, o que corresponde a apenas 0,03%.
Calcular a probabilidade significa analisar as possibilidades de um evento acontecer diante de um determinado universo, também chamado de “espaço amostral”. Na Copa do Mundo, esse universo engloba 32 seleções de futebol, e o evento é a conquista do título.
Se inicialmente, no entanto, todas as seleções têm a mesma chance de vencer o torneio, outro conceito matemático ajuda a afunilar essas opções: a estatística. Neste caso, os especialistas em futebol avaliam matematicamente o desempenho individual dos jogadores e da equipe como um todo, considerando o histórico em partidas.
A análise estatística costuma ser bastante aprofundada e, a partir destas informações, um novo cálculo de probabilidades, com maior precisão, pode ser realizado.
Chances do Brasil na Copa
A equipe do portal El Futbolero Brasil realizou um estudo para analisar a probabilidade de a seleção brasileira conquistar o hexa. Para isso, foram observados os dados sobre as edições anteriores do mundial, o desempenho das seleções e o ranking da Federação Internacional de Futebol (FIFA).
De acordo com o estudo, a metodologia empregada foi a Distribuição de Poisson, com o auxílio da linguagem de programação Python. Os resultados apontaram que o Brasil tem 32% de chances de vencer a disputa.
O estudo, no entanto, mostra um cenário mais favorável para a França conquistar o tricampeonato. As seleções do Brasil, da Argentina e da Itália aparecem em segundo, terceiro e quarto lugares, respectivamente.
O imprevisível 7×1
Apesar de a matemática indicar os cenários mais prováveis para qualquer disputa esportiva, alguns acontecimentos imprevisíveis sempre estão sujeitos a acontecer. A derrota do Brasil por 7×1 para a Alemanha, na Copa do Mundo de 2014, se enquadra nesse tipo de situação.
Naquele ano, o estatístico norte-americano Nate Silver, que ficou mundialmente conhecido por fazer projeções corretas sobre os resultados das eleições presidenciais de 2008 e 2012 nos Estados Unidos, calculou as probabilidades da Copa do Mundo.
O estudo de Silver apontou o Brasil com 91% de chances de vencer o mundial em casa, seguido por Argentina (89%), Alemanha (88%), França, Chile (ambos com 87%) e Holanda (86%).
A realidade da semifinal da Copa do Mundo de 2014 corroborou com os nomes apresentados pelo estudo. Naquela etapa da competição, a seleção brasileira — tida como favorita ao título — enfrentou a Alemanha, enquanto a Argentina e a Holanda disputaram a outra vaga para a final.
O resultado da partida, que terminou com a vitória da Alemanha por 7×1 sobre o Brasil, jamais foi previsto. A goleada promovida por Thomas Müller, Miroslav Klose, Toni Kroos, Sami Khedira e Andre Schürrle no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, sequer foi cogitada por especialistas ou torcedores de ambas as seleções.
A final da Copa do Mundo daquele ano foi disputada pelos países que, no estudo de Silver, apareceram com a segunda e a terceira maior probabilidade de serem campeões: Argentina e Alemanha. O título acabou nas mãos dos alemães, que se consagraram tetracampeões mundiais.
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