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Redes sociais: uma ameaça aos usuários desavisados



Por Rodrigo Souza*

Em meio ao debate da segurança cibernética, a preocupação com os dados pessoais que são coletados diariamente é o centro das atenções de empresas e governos. Com o atual debate da Lei Geral de Proteção de Dados no Brasil e a regulamentação da proteção de dados na Europa, é importante entender que, a cada dia, mais empresas utilizam os dados pessoais de seus clientes e parceiros para aprimorarem seus negócios e oferecer as melhores soluções aos seus clientes. [read more=”Continuar lendo…” less=”Menos”]

Apesar do volume desses dados ser cada vez maior, é importante o usuário estar atento não só às informações que são coletadas por empresas no momento das compras, mas também nas informações que divulgamos de forma voluntária diariamente por meio das redes sociais. É comum postar fotos, vídeos, ou simples informações de lugares onde estamos. Todos esses dados são coletados e são muito visados por cibercriminosos. Relatório recente divulgado pela McAfee aponta que as redes sociais estão entre os principais alvos dos criminosos, por conta do grande número de usuários e da abundância de dados presentes nestas plataformas.

Em 2018, vimos diversos casos de ataques às principais plataformas sociais, como invasões ao Facebook e Instagram, que deixaram informações de milhões de usuários vulneráveis. Mesmo com todo o esforço da empresa para criar padrões de segurança mais eficientes, os ataques, muitas vezes, são inevitáveis e, em alguns casos, a reponsabilidade pelo vazamento de informações também passa pelo comportamento dos usuários.



Outro caso marcante aconteceu recentemente com o ‘Google+’. Uma falha de segurança na plataforma expôs dados de mais de 52 milhões de usuários. Em função dessa situação, o Google decidiu por encerrar as atividades da rede social criada para substituir o Orkut.

Além disso, um dos episódios que mais chamou a atenção em 2018 foi divulgado nas últimas semanas do ano, com o jornal ‘New York Times’ noticiando que o Facebook permitiu que 150 gigantes da tecnologia tivessem acessos à dados de seus usuários. Entre as empresas que teriam violado a privacidade dos usuários, segundo o jornal, estão a Amazon, Microsoft e Netflix. Em resposta, o diretor de privacidade do Facebook, Steve Satterfield disse ao ‘NYT’ que nenhuma parceria violou as regras de privacidade dos usuários ou os compromissos que a empresa assumiu com os reguladores federais.

Fora dos Estados Unidos, a nova regulação de proteção de dados europeia pode multar o Facebook em US$ 1,6 bi por descumprir os termos do GDPR e não proteger a privacidade de seus usuários no continente. Com todos esses agravantes, a rede social criada por Mark Zuckerberg é acompanhada de perto por investidores e já acumula uma perda de mais de US$ 129 bilhões de dólares no mercado americano.

Mesmo com essa preocupação crescente de responsabilizar empresas pela proteção de dados e possíveis falhas, é importante ressaltar também que os usuários são responsáveis por proteger suas contas e dados que estão expostos. Pesquisa recente divulgada pela SplashData aponta que muitas pessoas ainda usam senhas comuns em seus perfis e contas de e-mail.

A consultoria mostra que ‘123456’ e ‘Password’ foram as senhas mais usadas em todo o mundo em 2018, e muitos usuários mantem esse padrão por anos. O estudo mostra também que uma forma de ter mais proteção nessas plataformas é ser o mais aleatório possível na geração de suas senhas, usando geradores de caracteres e outras ferramentas para gerar combinações.

Atualmente, os usuários integram o lado mais frágil da segurança cibernética e os mais prejudicados por falhas e vazamento de dados. Com isso, devemos pensar duas vezes antes de divulgar informações nesses canais e tomar as medidas que estão ao alcance para garantir a proteção dessas informações sigilosas.

* Rodrigo Souza é diretor de tecnologia da Security4IT

 

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