Pelo menos 10 milhões de trabalhadores correm o risco de perder o emprego para robôs dentro de 15 anos, e isso só no Reino Unido. É o que diz o estudo Consumer Spending Prospects and the Impact of Automation on Jobs – UK Economic Outlook, da consultoria PwC. A análise foi feita somente para o mercado britânico, mas confirma outras expectativas que já foram levantadas por empresas de mercado e especialistas em emprego e renda.
No relatório, a PwC aponta que estamos começando a entrar em uma nova era das máquinas. Algo que começou até a ser desenhado nos anos 60 do século passado, mas passou décadas com pouco avanço. O novo impulso tem ocorrido recentemente, há menos de 5 anos, com o surgimento de novas tecnologias de inteligência artificial (AI). Esses avanços têm sido colocados mais e mais em nossos computadores comuns, a um preço muito baixo e com grandes promessas de produtividade e rapidez de resultados.
Mesmo no começo dessa tal “Nova Era das Máquinas”, já é possível notar que os trabalhadores humanos terão grande dificuldade em competir com os robôs e sistemas de AI. Em alguns setores, a metade dos empregos pode ser engolida pela tecnologia avançada. A PwC sustenta que 30% dos empregos já estão sob ameaça na Grã-Bretanha.
Novas oportunidades
O relatório aponta que a automação desenfreada e movida por AI barata também cria novas oportunidades de trabalho. Na teoria clássica de economia, isso realmente ocorre. Desde a Revolução Industrial, empregos que são remetidos para as máquinas criam outras vagas. Em geral em lugares menos insalubres e melhores pagos.
Pelo menos essa tem sido a regra na maioria do período histórico dominado pela tecnologia. No entanto, desde a introdução do computador nas empresas, o número dessas vagas melhores não tem acompanhado o ritmo que se espera. As últimas duas ou três décadas são exemplos disso.
Por mais que jovens que viriam a ser operários tornam-se programadores, designers ou outra atividade que não existia, o deficit de vagas só vem aumentando. Os últimos anos têm sido dramáticos nesse sentido, com robôs que antes eram restritos às fábricas sendo apresentados em postos de trabalho do setor de serviços. Garçons, atendentes de hotel, operadores de call center, a lista é enorme. Outros sistemas de AI começam a ser visto como grande oportunidade também na construção civil e agricultura. O cerco está se fechando.
O cenário é previsto no estudo da PwC, que aconselha que se tomem providências para que o equilíbrio volte á competição homem x máquina.
A PwC aponta que 2,25 milhões de postos de trabalho estão em alto risco no comércio atacadista e varejista – o setor que emprega a maioria das pessoas no Reino Unido. Mais 1,2 milhões estão sob ameaça na indústria, 1,1 milhões em serviços administrativos e de apoio e 950 mil em transporte e armazenamento.
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