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A presença de pessoas com deficiência em hotéis e resorts vem crescendo a cada ano e isso exige atenção e serviços cada vez mais especializados, de forma a oferecer uma experiência de hospitalidade para todos, principalmente para crianças. Para atender a esse público, o Royal Palm Plaza Resort Campinas desenvolveu um programa de atendimento personalizado para crianças com deficiências, especificamente cognitiva, auditiva e física.
Além desse novo programa, o resort tem investido em treinamentos e na adequação de seus espaços para receber e oferecer uma experiência de hospitalidade para esse público. Nos últimos anos foram instaladas novas comunicações em braile e piso tátil para facilitar o acesso de pessoas com deficiência visual. Apartamentos para PCDs já são uma realidade, e em fevereiro o resort implantou um acesso especial para pessoas com dificuldades motoras na piscina principal do resort.
Renata Sá, gerente de Lazer do Royal Palm Plaza Resort Campinas, dá exemplos de como isso acontece na prática. Assim que se hospeda com os filhos, os pais recebem um formulário facultativo, onde descrevem as especificidades da criança. Com as informações, a equipe de recreação do hotel desenvolve programas de lazer adaptados para cada necessidade, como brincadeiras e atividades mais direcionadas para cada público.
Para casos de crianças não verbais, como em alguns casos de autismo (TEA) por exemplo, é oferecida uma comunicação alternativa, através de fichas com imagens e palavras, que representam sentimentos, emoções e desejos, de forma a dar mais autonomia para ela no dia a dia de sua estada. A equipe de lazer também utiliza aplicativos específicos para o atendimento de crianças com deficiência auditiva e oferece abafadores auriculares para crianças com hipersensibilidade, medida que traz bem-estar e conforto em alguns casos.
“Investimos em treinamentos, nos quais os funcionários aprendem os diferentes perfis e como melhorar o atendimento a este público”, acrescenta a gerente de lazer do resort.
De acordo com o Ministério do Turismo, mais da metade dos turistas com alguma deficiência deixaram de viajar para algum destino por falta de acessibilidade.
“Temos consciência dos desafios enfrentados pelas famílias que têm em sua casa alguma pessoa com deficiência, mas também sabemos a diferença que essas adequações fará na vida e nas futuras viagens destas pessoas”, completa Alessandra Gaudio, diretora geral do resort.