Segundo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), na América Latina e Caribe, cerca de 54% das crianças começam a ser amamentadas na primeira hora de vida. [read more=”Continuar lendo…” less=”Menos”]
Os números ainda indicam que apenas 38% são alimentadas exclusivamente com o leite da mãe até os 6 meses de idade e somente 32% continuam sendo amamentadas até os dois 2 anos.
“Além de ser um ato de amor e promover o vínculo entre mãe e bebê, o aleitamento materno garante a saúde das crianças e ajuda a imunizá-los contra doenças crônicas, respiratórias, diarreias, problemas cardiovasculares, diabetes, hipertensão e osteoporose”, comentam Natalia Modica e Luciana Santos, enfermeiras da Criogênesis.
Mesmo diante de tantos benefícios, muitas mulheres ainda enfrentam dúvidas, mitos e preconceitos que resultam no desmame precoce. Para auxiliar esse processo e incentivar a amamentação, as enfermeiras respondem algumas das questões mais recorrentes sobre o tema:
Algumas mulheres têm leite fraco
MITO. No início da amamentação o primeiro leite, chamado de colostro, é aquoso, o que pode dar a impressão de que o leite é fraco. Entretanto isso não é verdade, uma vez que a substância é rica em anticorpos essenciais para garantir a saúde da criança.
Amamentação ajuda a prevenir o câncer de mama
VERDADE. Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), a amamentação completa diminui de 3 a 4% o risco da mulher desenvolver o câncer de mama devido a substituição de tecido glandular por gordura nas mamas.
A amamentação deve ser exclusiva até os seis meses
VERDADE. As recomendações do Ministério da Saúde, da Organização Mundial da Saúde, da Sociedade Brasileira de Pediatria e da Academia Americana de Pediatria é de que a amamentação seja exclusiva até os 6 meses de vida para garantir a saúde dos bebês e imunizá-los contra diversas doenças.
Após esse período, inicia-se a inclusão de alimentos na dieta da criança, conforme orientação do pediatra, que ocorre até os dois anos de idade.
O bebê deve mamar a cada duas ou três horas
MITO. A criança em aleitamento materno exclusivo deve mamar em livre demanda, ou seja, na hora que quiser. Porém, após 3 horas de jejum, aumenta o risco de hipoglicemia, devendo-se oferecer a mama ao recém-nascido para minimizar o risco.
Apenas a pega incorreta pode desencadear fissura nos mamilos
MITO. Outros fatores como clima, resíduos de detergente nas roupas, loções aplicadas na região da mama, sabonetes, talco, produtos para cabelo, desodorante ou perfume, podem influenciar no ressecamento dos seios.
O uso incorreto de bombinhas para extrair o leite também pode causar o aparecimento de rachaduras, pois certos equipamentos, quando utilizados de forma mais brusca, podem ferir o tecido mamário e romper os capilares. Por isso, recomenda-se colocar o dedo mínimo no canto da boca do bebê para ele soltar o vácuo que está fazendo na mama, antes de retirá-lo.
Existe uma posição ideal para amamentar
VERDADE. O fundamental é que mamãe e bebê estejam confortáveis e relaxados, mas é importante observar o alinhamento entre o corpo e a cabeça da criança. “Além do abdômen do bebê estar encostado ao abdômen materno e queixo tocando a mama, a criança deve estar apoiada pelo braço da mãe, que envolve a cabeça, o pescoço e a parte superior do seu tronco”.
“A boca precisa estar bem aberta com o lábio inferior para fora recobrindo quase toda a aréola (como uma “boca de peixe”) enquanto a porção superior da aréola pode ser visualizada”.
Quem tem prótese de silicone não pode amamentar
MITO. O silicone não interfere na qualidade do leite materno, pois as próteses ficam localizadas abaixo das glândulas mamárias.
“Vale ressaltar que existem várias maneiras pelas quais as próteses podem ser colocadas e a maioria delas não oferece nenhum risco. A exceção fica por conta dos procedimentos conhecidos por periareolar e transareolar, em que o enchimento é inserido pelas aréolas dos seios”, alertam.
Amamentar não deixa os seios flácidos
VERDADE. “É importante ressaltar que a flacidez dos seios ocorre em função da gravidez e não da amamentação, portanto, o fato de não amamentar para evitar o problema não tem fundamento”, finalizam as especialistas.
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