Por Wagner Tadeu *
A arquitetura SASE (Secure Access Service Edge) é um conceito proposto pelo Gartner em 2019, que move a rede de TI e a segurança para a nuvem. As plataformas baseadas nesta arquitetura têm como premissa fornecer conectividade abrangente e tecnologias de segurança. Obviamente a pandemia acelerou a adoção deste modelo de arquitetura pois as empresas precisaram oferecer a seus colaboradores um ambiente seguro para o trabalho remoto.
No começo dos anos 2000, outro conceito foi lançado e rapidamente virou tendência não só na área de TI, como nos negócios de uma maneira geral: o Big Data. Quando os pesquisadores lançaram este termo, poucos podiam imaginar o que esta concepção representaria para o Mundo atual e nós sabemos muito bem que a gestão de dados é uma chave fundamental para qualquer negócio prosperar atualmente.
Talvez o SASE seja o novo Big Data, pois diante do cenário que vivemos, fica praticamente impossível imaginar um negócio prosperando sem viabilizar uma arquitetura de segurança e conectividade baseada na nuvem. Segundo o Gartner, até 2024, pelo menos 40% das empresas terão estratégias explícitas para adotar este modelo. Algumas companhias já estão optando por mover aplicativos e dados para garantir benefícios clássicos da nuvem, como flexibilidade, escalabilidade ou acesso independente de localização.
Grandes fornecedores de software também estão impulsionando essa tendência, interrompendo gradualmente o suporte para suas soluções locais, muitas vezes deixando as empresas sem escolha a não ser usar suas ofertas de nuvem. A tendência para a nuvem agora é irreversível e continuará a crescer no futuro. Muitos fornecedores já começaram a desenvolver produtos e soluções para oferecer suporte a arquiteturas baseadas em SASE para se preparar para o futuro.
A arquitetura SASE oferece suporte ao número cada vez maior de usuários que acessam aplicativos em nuvem de fora da rede corporativa como funcionários que trabalham em home office, ou aqueles que viajam ou trabalham em filiais sem seus próprios data centers. Toda essa força de trabalho pode ser conectada diretamente à nuvem por meio de uma arquitetura SASE.
A Covid-19 mostrou como as conexões rápidas e seguras são importantes para os funcionários que trabalham remotamente – e essa tendência continuará nos próximos anos. Muitos dos problemas causados pela pandemia definirão o futuro. Uma delas é que é provável que mais e mais pessoas trabalhem fora de sua sede corporativa.
Além destas características de trabalho remoto o período no qual vivemos também demanda uma super atenção aos dados pois diversos locais do Mundo estão lançando legislações específicas para a proteção dos mesmos. Inspiradas pela GDPR na Europa, as nações vão aos poucos implementando seus próprios conjuntos de leis para garantir a segurança das informações dos usuários.
Com o SASE, os dados que fluem do data center da sede da empresa para o escritório local não precisam mais passar por precauções de segurança. Desempenho fraco, latências altas e encerramento de conexões agora são coisas do passado. Para que isso seja possível, os fornecedores de segurança devem fornecer tecnologia comprovada com um histórico de distribuição de sucesso. Esta tecnologia deve ser continuamente desenvolvida e atualizada para garantir sua eficácia contra as mais diversas ameaças que o novo perímetro impõe.
* Wagner Tadeu é vice presidente da Forcepoint para América Latina
INSCREVA-SE NO CANAL DO YOUTUBE DO VIDA MODERNA