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Pega ladrão: futuro iPhone irá capturar digital e foto de quem o roubar



A Apple registrou uma patente interessante para uso em um iPhone futuro. A empresa quer fazer o aparelho anti-furto e, para isso, pretende capturar a impressão digital e a foto do larápio com o uso de inovações no sistema de biometria e câmera do aparelho. O documento de registro foi publicado no US Patent & Trademark Office, órgão americano de registro de invenções, no último dia 25 de agosto.

A empresa não detalha quando a novidade estará presente em seus produtos, nem se será somente no iPhone ou também no iPad e smartwatch. Mas o sistema é fácil de entender.

O iPhone e outros aparelhos que possuem tela touch são sensíveis ao toque. A empresa pretende incorporar alguma espécie de “gatilho” que ao identificar que o dedo não é o do usuário, possa scanear a digital de quem está utilizando. O mesmo mecanismo de disparo seria capaz de começar a gravar um vídeo, tirar uma foto ou capturar o áudio ambiente.



“O dispositivo de computação pode, em seguida, fornecer a informação biométrica armazenada para a identificação de um ou mais utilizadores não autorizados”, relata o documento. Os arquivos guardados serviriam para identificação do ladrão e facilitariam muito a prática de investigação forense.

Dificuldade técnicas
De imediato, a primeira pergunta que os usuários imaginam é: “por que não pensaram nisso antes?” (outros farão a óbvia “dã, já existe isso”). Na verdade, a tecnologia de biometria presente hoje nos produtos da Apple não permite que essa identificação seja precisa. O usuário do iPhone precisa colocar o dedo em vários ângulos, e repetidamente, para que o sistema possa identificar a digital com precisão. Se fosse lançado hoje, provavelmente o ladrão teria somente uma parcial da impressão digital capturada, o que poderia ser insuficiente para a identificação.

Por outro lado, captura de áudio, foto e vídeo seriam possíveis de serem feitas. O que falta é esse gatilho que dispare no momento certo. As tecnologias de reconhecimento de voz estão prontas para isso e poderia existir, se não um gatilho preciso, um disparador de fotos a cada vez que o aparelho é usado. Então, caberia mesmo a pergunta de por que não inventaram antes? Nem tanto.

A Apple vem numa dura batalha com governos e autoridades policiais pela privacidade. Mesmo que um sistema de segurança fosse opt-in (com permissão do usuário) isso poderia ser usado contra ela em tribunais e discussões sobre esse tema. Alguns apps chegaram a tentar isso no passado, privacidade e tecnologia falha foram as barreiras enfrentadas. Com isso, o GPS foi a melhor solução. Um deles, o Big Brother Camera Security, chegou a ser banido da App Store por violar a privacidade de usuários.

A novidade não está prevista para o novo iPhone, que deverá ser lançado em setembro. Pelo menos, não faz parte da série de vazamentos e especulações que rondam o produto de 2017.

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