Nesta terça-feira, 8 de novembro, promotores coreanos realizaram buscas na sede coreana da Samsung em uma investigação sobre os escândalos políticos que afetam aquele país. O Ministério Público local alega que há indícios de que a fabricante de eletroeletrônicos estaria envolvida com os escândalos de tráfico de influência que resultaram numa crise política no país. As acusações chegam em péssimo momento para a empresa, que mal conseguiu se livrar da mancha na marca deixada pelo caso dos smartphones que explodiam e pegavam foto, os Galaxy Note 7.
Os promotores disseram à imprensa que estão investigando a Samsung sobre possíveis ligações com as ingerência de pessoas estranhas no governo da presidente Park Geun-hye e sua amiga e confidente Soon-sil. A relação entre as duas extrapolou a esfera do aceitável e há acusações de vazamento de informações privilegiadas e criar um esquema de propinas que envolveria fundações privadas e grandes companhias do país.
A Samsung, maior empresa da Coreia do Sul, é acusada de fazer parte desse esquema, com doações. Os investigadores apontaram que a empresa teria doado cerca de US$ 3 milhões para Choi. O dinheiro teria então sido usado para pagar aulas de equitação da filha de Choi, na Alemanha, aponta a agência de notícias coreana Yonhap.
Povo nas ruas
As buscas na sede da Samsung ocorrem em momento delicado no país. Com a crise política, a população tem saído quase que diariamente às ruas para protestar e exigir ética na relação entre políticos e empresários. No último final de semana, dezenas de milhares de pessoas fizeram passeatas pelo país para pedir q renúncia da presidente.
A constituição da Coreia do Sul proíbe que seja instaurado processo jurídico enquanto o governante máximo estiver no cargo, a não ser em casos considerados “traição à pátria”.
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