Evolução da tecnologia dos HDDs (unidade de disco rígido), o SSD (unidade de estado sólido) chegou ao mercado no final dos anos 1990 e trouxe consigo novas perspectivas de velocidade de transferência de dados, armazenamento e segurança para os computadores.
Com o passar dos anos, os SSDs evoluíram ainda mais e se tornaram a primeira opção para usuários que buscam melhorar o desempenho de suas máquinas e eliminar as preocupações com perdas de dados por falha mecânica. Hoje, os SSDs contam com diferentes interfaces, formatos, barramentos, performance e protocolos, como o NVMe (memória não volátil expressa), que deve se tornar em breve o novo padrão de armazenamento da indústria.
Para esclarecer as diversas vantagens desta tecnologia, a Kingston listou as informações essenciais sobre o NVMe e explicou como ele vai transformar o desempenho dos computadores nos próximos anos.
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“Antes de tudo, é importante que os usuários entendam que os protocolos da unidade nada mais são do que as formas como os SSDs se comunicam com o processador. Atualmente, existem dois tipos principais, a tecnologia SATA (Serial ATA), introduzida nos anos 2000, e a tecnologia NVMe, que surgiu mais de uma década depois para enfrentar os diversos gargalos de interface e comunicação dos protocolos SATA”, explica Iuri Santos, gerente de tecnologia da Kingston Brasil.
SATA x NVMe
O protocolo SATA funciona de forma dependente do processador do computador, que fica responsável por gerenciar as operações de leitura e gravação. Essa tecnologia foi criada para otimizar o armazenamento com os componentes mecânicos dos HDDs. Os SSDs tipo SATA oferecem uma enorme vantagem em comparação aos HDDs, melhorando o desempenho do sistema entre 10 e 15 vezes, mas não acompanham a nova tecnologia NVMe, desenvolvida especificamente para tirar máximo proveito do armazenamento em memória flash dos SSDs.
“O SATA permite um número limitado de comandos, além de depender de uma camada intermediária de contato com a CPU, que obriga o controlador do SSD a traduzir os comandos do processador do computador, sobrecarregando os componentes. Por outro lado, os SSDs com NVMe se conectam diretamente à CPU e, consequentemente, têm maior autonomia para focar em suas operações de gravação, leitura e otimização”, explica Santos.
“Com o barramento PCIe dos SSDs NVMe, saltamos do limite teórico de velocidades de 600MB/s do SATA para velocidades que atualmente podem passar dos 7GB/s via PCIe Gen4 x4 (quarta geração), ou superar 3GB/s em modelos já bastante presentes no mercado, com PCIe Gen3 x4 (terceira geração)”, conta Iuri. “Em breve, o protocolo NVMe será padrão de armazenamento, oferecendo mais velocidade, melhor utilização dos recursos dos computadores, eficiência e performance”, finaliza.
Os formatos dos SSDs
Outra questão importante quando se fala em SSD diz respeito ao seu formato físico, ao tamanho do componente, já que ele precisa caber em sistemas com design bastante variados. Enquanto os HDDs têm normalmente 2,5 ou 3,5 polegadas de largura e a maioria dos SSDs SATA tem 2,5 polegadas de largura e 7 mm de espessura, os drives NVMe assumem diversas novas formas que os tornam muito mais versáteis. O formato M.2, por exemplo, tem design reduzido e já é usado tanto com protocolo SATA quanto com NVMe mais comum.
Já o U.2 é um tipo mais caro e com melhor desempenho, normalmente utilizado em data centers. Por fim, placas adaptadoras PCIe ou SSDs no formato HHHL (Half Heigh Half Length) são possibilidades de SSDs NVMe de alto desempenho e que podem ser usados em máquinas que ainda não adotaram soquetes para acomodar o formato M.2, mas que tenham BIOS e sistemas operacionais compatíveis com o protocolo.
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