por Jim Poole*
“Há muito tempo, em uma galáxia muito, muito distante”, assim a franquia Star Wars dá início às histórias que, definitivamente, fazem com que pensemos no futuro. Um novo capítulo, apresentando um jovem Han Solo, chega aos cinemas e impulsiona nossa imaginação sobre o que poderá vir por aí. [read more=”Continuar lendo…” less=”Menos”]
Levando isso em conta, separei alguns exemplos da tecnologia apresentadas nos filmes Star Wars que estão a caminho de tornarem-se realidade, para exemplificar como a interconexão será necessária para levar alguns destes conceitos ao mundo em que vivemos.
O sabre de luz
Nada é tão simbólico em Star Wars quanto o sabre de luz. Nas últimas quatro décadas, desde sua estreia, inúmeras crianças e adultos se envolveram em batalhas épicas com sabres de luz. A verdade é que provavelmente eles jamais se tornarão reais. Mas calma, os cientistas do MIT e de Harvard não descobriram uma maneira de fazer “matéria fotônica” de fótons de luz? E um dos cientistas envolvidos não disse que fazia total sentido comparar a matéria fotônica com o que constitui os sabres de luz?
Bem, é verdade que os pesquisadores disparam fótons de luz por meio de um gás de rubídio super-resfriado, fazendo com que a luz se acumule para, assim, formar moléculas que poderiam possivelmente se unir na formação de uma espada. Mas estas armas estão muito, muito distantes da realidade.
Speeders
Os speeders estão presentes por toda a franquia Star Wars, desde a primeira viagem do jovem Luke Skywalker, de Tatooine (cronologicamente falando), até a aparição no trailer do novo “Han Solo: Uma História Star Wars”. Speeders são veículos aéreos que viajam próximos à superfície terrestre. Sua tecnologia talvez seja a mais próxima da realidade, entre as exibidas pela saga.
Por exemplo, o veículo flutuante Aero-X se parece bastante com as motos speeder de Star Wars, levitando sobre dois rotores, com base em um projeto da década de 1960 que foi abandonado por causa de questões de estabilidade. Segundo sua criadora, a Aerofex diz que o veículo responde como uma motocicleta, voa até 3 metros acima do chão à 72,5 km/h e pode ser usada para tudo, desde patrulhamento de fronteiras, pecuária, e até em buscas e salvamentos.
Robôs
O universo de Star Wars é repleto de robôs, e eles fazem quase tudo, desde traduzir “6 milhões de formas de comunicação” (C3PO) até agir como um mecânico de nave espacial durante o voo (R2D2). Eles têm muito mais funções e uma inteligência artificial (IA) muito superior às dos robôs de hoje, mas essa diferença está diminuindo.
O Robotnaut 2 da NASA (R2) tem forma humana e a destreza similar a de um astronauta. Foi desenvolvido para concluir tarefas simples, repetitivas ou especialmente perigosas, de acordo com a NASA. Já o robô Asimo da Honda pode chutar uma bola de futebol, fazer tarefas domésticas e subir escadas. Entre suas funções: empurrar carrinhos, servir bebidas e desligar as luzes ou fechar as portas. Seus possíveis usos incluem ajudar pessoas com dificuldade de locomoção.
Robôs agrícolas estão executando, ou sendo desenvolvidos para executar, uma variedade de tarefas: aplicação de herbicidas (máquinas See & Spray), colheita de morangos (Harvest Croo Robotics) e realizar o levantamento topográfico de culturas para melhorar a performance nas lavouras (Agribotix).
Hologramas
A súplica da princesa Leia, “Me ajude Obi-Wan Kenobi, você é minha única esperança”, talvez seja o uso mais famoso dos frequentes hologramas de Star Wars. Óculos de realidade mista, como o HoloLens da Microsoft, projeta imagens 3D em ambientes do mundo real, permitindo que pessoas manipulem as imagens. Claro que o Obi-Wan não precisava desses óculos.
O Holovect MKII pode desenhar imagens 3D no ar com luz, mas seu criador aponta que as imagens não são geradas como um holograma. Então não estamos tecnicamente lá ainda, mas já estamos chegando perto.
Imaginação e interconexão
A imaginação que impulsiona filmes de ficção científica como Star Wars também inspira a invenção, e grande parte da tecnologia fictícia que vem se tornando realidade exigirá interconexão, em outras palavras, a troca de dados privados entre empresas. Isso já vem acontecendo em nossos data centers.
Por exemplo, a Inteligência Artificial, que alimenta robôs cada vez mais parecidos com humanos, precisa de uma interconexão direta, segura e próxima, pois envolve a ligação com uma gama de usuários, aplicações em nuvem, máquinas e fontes de dados para funcionar como deveria.
Em termos de big data, para as volumosas informações recolhidas por robôs agricultores, a interconexão entre as bases de dados e os serviços de análise é extremamente necessária para processar os dados em tempo real e produzir conhecimentos rapidamente.
E as tecnologias de realidade mista e de realidade virtual, que podem fazer hologramas aparecerem, precisam da interconexão, pois dependem de dispositivos relativamente sofisticados, excelente conectividade de rede e infraestrutura robusta de nuvem para atender às expectativas do usuário.
Star Wars desperta a imaginação, enquanto a interconexão impulsiona a inovação. Essa combinação de imaginação/interconexão pode não nos trazer os sabres de luz, mas é poderosa, e faz com que essa tecnologia que tanto nos impressiona nos filmes esteja menos “em uma galáxia distante”, mas sim mais próxima de nós.
*Jim Poole é vice-presidente da área de desenvolvimento de negócios da Equinix, empresa global de interconexão e data center.
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