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Tecnologia é para meninos? Lets Code Academy quer meninas programando



Maria Eduarda Gonçalves tem 9 anos e um sonho: criar seu próprio game. “Sempre quis aprender como se faz os jogos, e sempre me interessei por tecnologia”, explica ela, que complementa, categórica: “não, definitivamente eu não acho que seja assunto de menino”. Maria faz parte de uma geração que já nasceu no mundo digital e que é rapidamente absorvida pela tecnologia. Para Guto Ramos, Felipe Paiva e Omar Pavel, que juntos fundaram a Let’s Code Academy, escola de programação para crianças e jovens, não há mais volta: “estamos lidando com uma geração que aprende tudo no computador, de diversão a pesquisas escolares”, explica Guto, “impedir que essas crianças interajam com a tecnologia é privá-las de um conhecimento que vai ser muito importante para o futuro”, enfatiza.

Maria Eduarda estuda programação na Let's Code para realizar o sonho de construir o próprio game! (Divulgação)
Maria Eduarda estuda programação na Let’s Code para realizar o sonho de construir o próprio game
(Divulgação)

A Let’s Code Academy propõe exatamente o contrário: incentivar a tecnologia, porém, de forma saudável. E incentivar as meninas a entrarem nesse mercado: “cada vez mais meninas procuram a escola”, explica Felipe. Guto reforça: “acreditamos que o número de mulheres na programação está em constante crescimento. Muitas mães já enxergam a importância da área para o futuro, enquanto algumas alunas mais velhas sentem a necessidade de programar para se adaptar ou tomar decisões importantes nas empresas em que trabalham”.

Meninas na TI
Os sócios enfatizam a importância de conhecer o universo da programação para o mercado de trabalho: “cada vez mais as mulheres possuem cargos importantes em grandes empresas e são parcela significativa do mercado. Nesse panorama, o conhecimento em é fundamental para que elas possam dialogar com áreas de TI e tomar decisões estratégicas”.



Foi uma experiência de gestão que levou Gabriela Marques a ser aluna da escola: “sou formada em administração e estou empreendendo em um negócio de foodbike”. O primeiro passo de Gabriela foi construir um site: “eu não queria ficar ‘na mão’ dos programadores, queria ter a flexibilidade de mudá-lo constantemente, sem ter que gastar muito com isso. Então, resolvi fazer o site sozinha, as dificuldades surgiram e o curso na Let’s Code está me ajudando muito com isso”, explica Gabriela.

Ela fala sobre as mulheres na programação: “vejo que a maioria dos programadores ainda é de homens, mas as mulheres são as que mais demandam esse serviço. Acho que não podemos ficar alienadas nesse assunto, programação é algo que utilizaremos cada dia mais”. Assim como outros alunos, o objetivo dela não é necessariamente ser uma programadora, mas é entender a lógica e ter uma certa autonomia por causa disso.

Para Maria Eduarda, o mercado ainda está longe: “por enquanto, ainda é uma diversão. Eu adoro montar os puzzles, cumprir desafios e construir alguns códigos diferentes, mas ainda não sei se vou trabalhar com isso. Só sei que é muito divertido”.

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