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Teste e Análise: VW T-Cross – Empolgante, esperto e muito econômico



Fiquei para testes durante uma semana com cada um dos dois modelos disponíveis no mercado do T-Cross da VW – o 1.0 TSI turbo de três cilindros, com potência máxima de 128 cv a 5.500 rpm e torque de 20,4 kgfm e o T-Cross Highline 1.4 TSI turbo com quatro cilindros, que entrega até 150 cv a 4.500 rpm e torque de 25,5 kgfm – e posso afirmar com toda tranquilidade: fiquei impressionado com o torque, potência, agilidade, retomada de velocidade, acabamento, design, tecnologia e consumo de ambos, não necessariamente nessa ordem. O câmbio é de 6 velocidades para os dois modelos e trabalha em harmonia com a motorização.

Nos próximos parágrafos você verá uma análise dos dois modelos – não em separado, mas combinado -, com muitas imagens e vídeos. Acompanhe agora.

Para começar, vou posicionar a Volkswagen para o público em geral e não só para quem gosta de carro, já que o Portal Vida Moderna abrange consumidores que gostam de automóvel, mas não fazem ideia de quem ela é dona. Se você sabe, é bom para relembrar. Veja.



Teste e Análise: VW T-Cross - Empolgante, esperto e muito econômico

Coloquei isso para mostrar a você o peso da montadora que é um dos três maiores grupos automobilísticos do mundo e que começa uma parceria estratégica com a americana Ford – sem falar que também é parceira da chinesa JAC – no desenvolvimento de carros conectados, híbridos, elétricos e autônomos, que são o futuro desse mercado.

Meu primeiro carro, como não poderia deixar de ser, foi um Fusca e guardo muitas histórias com ele. No final da década de 1970, quando eu estava terminando minha primeira graduação, fui selecionado para trabalhar no setor de comunicação e propaganda da montadora na Via Achieta, lá fiquei por um ano e trabalhei no Salão do Automóvel em 1978. Depois disso tive alguns Passats, inclusive um TS, que era considerado em esportividade e motorização um dos mais agressivos do mercado e realmente era.

Depois deles apareceram outras marcas e eu não tinha mais um VW desde o início da década de 1990, acredite. Após essa data acompanhei a marca de longe e através de amigos, mas meu sentimento era de que a VW estava ficando para trás, frente aos novos carros que começaram a aparecer no mercado com uma proposta mais moderna, tanto de design, conforto, motorização e tecnologia.

O velho e bom Fusca foi substituído pelo Gol, que também fazia muito sucesso, mas era um carro básico que não me encantava. E ele perdeu mercado na metade da década de 2010-2020, pela falta de tecnologia que não entregava.

T-Cross
Mas depois desse histórico e conversa, vou focar no T-Cross. No começo desse texto eu já me posicionei sobre as impressões que tive dele, mas esqueci de mencionar outra: fui pego de surpresa.

Ele veio parar na minha garagem por puro acaso. Estava tudo certo para a VW me mandar um Tiguan para participação no Carona Moderna e análise, quando recebo um telefonema da montadora dizendo que o Tiguan teve que ir para a revisão e se eu aceitaria um T-Cross ConfortLine, o 1.0 três cilindros turbo.

Sem o menor problema, aceitei e quando ele chegou me pegou pelo design, acabamento, porte e cor, que era a Cobre. As linhas dele são suaves, uniformes, sem praticamente nenhum ângulo reto, detalhes muito bem estudados e posicionados, além de boas dimensões: Comprimento de 4.119mm | Largura de 1.760mm | Altura de 1.560mm | Distância entre-eixos de 2.651mm, apenas para ficar nas externas.

Essas medidas não condizem com a impressão visual do carro, que parece ser maior. O impacto imediato delas é que ele cabe tranquilamente em vagas consideradas apertadas de apartamentos, que não são tão raras nos prédios residenciais, com garagens acanhadas que dificultam inclusive as manobras. Rodrigo Purchio, gerente de marketing de produtos da VW Brasil, gosta de dizer que um dos motivos do T-Cross ter boas vendas “…é seu tamanho, que cabe praticamente em qualquer vaga que outros da categoria entram apertado.”

E por falar em Rodrigo Purchio, falamos tudo sobre o T-Cross nesse episódio do Carona Moderna.

Espaço interno e acabamento
O espaço interno e acabamento praticamente não difere entre os modelos, a não ser em detalhes e opcionais como teto solar. No começo das vendas o ConfortLine se diferenciava internamente do HighLine no painel “Active Info Display”, que era mais modesto. Essa diferença não existe mais. Quem comprar a versão ConfortLine pode optar pela tela digital de alta resolução com 10,25″ e pode personalizar o painel com as informações mais importantes e interessantes para a sua condução sem tirar as mãos do volante.

Os detalhes no acabamento interno e bancos dão um toque de personalização ao interior do SUV e impressiona pela qualidade dos materiais e combinação de cores. Precisa ver e tocar para entender do que estou falando. Não é nada sofisticado ao extremo, porém é de bom gosto e sem exagero.  Quanto ao porta malas, ele não é nada de espantar: varia de 373 a 420 litros, dependendo da configuração dos encostos dos bancos traseiros.

Motorização e desempenho
O que realmente impressiona quem gosta de dirigir, em ambos os modelos, é o conjunto motor e câmbio, que tem que estar afinado para entregar torque e potência que vão arrancar sorriso de quem dirige e passar segurança toda vez que o acelerador é pressionado mais forte.

Achei que o ConfortLine TSi AT três cilindros 1.0 turbo e câmbio automático de seis velocidades, que entregam 128vc no álcool e 116cv na gasolina a 5500 rpm, tem um desempenho impressionante.

Foi uma surpresa quando pisei fundo pela primeira vez no acelerador  em uma subida muito íngreme aqui em São Paulo, a Rua Manoel da Nóbrega. Quem conhece sabe do que estou falando. O T-Cross 1.0 lambeu a subida como uma pessoa lambe um sorvete de casquinha com três bolas e quando vi eu estava no topo dela, sem o menor esforço, sem ultrapassar o limite de velocidade da via.

Aí, dias depois, estávamos em cinco adultos no carro e enfrentamos uma subida longa rumo ao bairro do Morumbi, aquela da saída do túnel Jânio Quadros no bairro o Itaim Bibi.

Era um sábado à tarde, pouco trânsito, pista livre. Até aquele ponto, sem subida, o 1.0 turbo estava se comportando muito bem, com respostas rápidas, silencioso e macio. Quando saí do túnel, imaginei: “Deixa eu ver agora como ele sobe até o topo. Vamos ver quantas marchas vai reduzir para aguentar levar até lá em cima esses quase 1700Kg combinados, já que ele pesa 1.252Kg e tem carga útil informada de 458Kg, muito próxima desses cinco passageiros”, pois um deles pesa mais de 120 Kg e tem mais de 1,90m de altura.

Respeitando sempre os limites de velocidade local – 50Km/h -, cheguei no pé da subida que é íngreme e tem uma série de curvas gostosas de fazer perto da velocidade permitida e, acredite, ele não deu bola quando começou a subir. Estava em 5ª. “No meio dela ele vai pedir marha”, pensei. Nada. Tive que dar uma alivida no pé para ele não chegar a 55Km/h e manter o limite, quando um dos passageiros falou: “Anda bem, hein?! É o que? 1.8 ou 2.0?” Quando falei 1.0 turbo, a conversa passou a ser sobre o T-Cross.

Já a versão HighLine 1.4 turbo é uma delícia de dirigir, mais que o 1.0, porém sem impactar consideravelmente no consumo de combustível. Percebi que nessa versão, que é consideravelmente mais potente e com mais torque, a pressão no acelerador para manter as velocidades exigidas nas avenidas e estradas é aliviada e isso faz com que o consumo seja excelente. As retomadas de velocidade, por exemplo, não exigem tantas reduções quanto a versão 1.0 e isso é perfeitamente compreensível.

Consumo
Outro item que me deixou impressionado foi o consumo de ambos. Para falar a verdade, o consumo dos dois modelos são ótimos e passam dos 11 Km na cidade e beiram os 15 Km na estrada. Utilizei os dois em condições mistas e consegui, na média e com gasolina, mais de 12Km/l nos dois modelos.

Esses valores foram conseguidos com gasolina e não foi medido com álcool.

Tanto o 1.0 quanto o 1.4 tem o modo de condução que fica à escolha do motorista Eco | Normal | Sport e Individual.

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Além disso, o sistema Star/Stop ajuda na economia de combustível em uma cidade como São Paulo nos horários de pico.

Tecnologia embarcada e conexões
Outro item que me surpreendeu muito foi a tecnologia embarcada. Não só a tecnologia visível do painel, facilidade de conexão de smartphones – Android e IOs -, mas a tecnologia que não se vê, na motorização, suspensão, câmbio e sonorização. Não vou entrar em detalhes técnicos nessas tecnologias para não ficar um texto chato, mas garanto que elas são de ponta e o melhor que um SUV de sua categoria pode entregar.

As informações de navegação podem ser mostradas em 2D ou 3D e a resolução de 1.280 x 480 pixels permite gráficos extremamente precisos e de alta qualidade.

Por exemplo, o modo de navegação: nesse caso, o velocímetro e conta-giros são deslocados para os lados, a fim de criar mais espaço para o mapa. Dados exibidos no console central pelo sistema de som “Discovery Media” também podem ser mostrados neste painel.

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Essa novidade faz parte do pacote “Exclusive II & Interactive”, que substitui o “Exclusive & Interactive”. O novo pacote, além do painel digital, traz itens como sistema KESSY & GO (acesso ao veículo sem o uso da chave e botão para partida do motor), sistema de infotainment “Discover Media” (com tela de 8″ sensível ao toque, com navegação e comando de voz), seletor do modo de condução, iluminação ambiente em LED, retrovisores externos eletricamente rebatíveis, entre outros.

App-Connect é o nome do sistema de conexão com smartphones e tablets. Não importa se o seu dispositivo é Apple (iOS) ou Android, a conexão com a tela central do painel é bastante fácil e intuitiva. As conexões disponíveis são três: Apple CarpPlay, Android Auto e Mirror Link.

Para eu não ficar aqui descrevendo cada função em texto, o melhor é você assistir os vídeos a seguir:

Apple CarPlay

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Android Auto

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Mirror Link

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Aqui merece destaque também o sistema de som automotivo BEATS, que entrega pureza e potência de áudio que podem ser configurados de acordo com a preferência de cada motorista. Ele está disponível por padrão na versão Highline 1.4.

Manual cognitivo
Já amplamente divulgado pela VW não é uma exclusividade do T-Cross, mas para outros modelos da marca também. Eventuais questões sobre o carro podem ser respondidas por esse assistente inteligente, de forma simples e rápida. O aplicativo Meu Volkswagen conta com tecnologia IBM Watson para responder as questões em português e espanhol. Por exemplo, como utilizar o sistema de infotainment e fazer o espelhamento de seu smartphone, ou como instalar corretamente a cadeirinha para transporte de crianças, entre outras informações.

Painel do motorista e volante
A tela digital de alta resolução e o painel atrás do volante permite várias configurações com múltiplas escolhas das informações a serem mostradas e a navegação entre elas também é fácil e intuitiva, pois ficam ao alcance do toque dos dedos, como em um smartphone ou tablet. Ou na escolha dos botões que integram o volante, que tem várias configurações de altura e profundidade.

Preços
Os preços dos modelos podem variar bastante, pois aceitam vários opcionais e isso faz com que não exista uma preço único para cada uma deles. Porém, apenas como referência, aí vai um preço médio de cada modelo, considerando um pacote básico de opcionais:

200 TSI – R$ 84.990
200 TSI Automático – R$ 94.490
Comfortline 200 TSI Automático – R$ 99.990
Highline 250 TSI Automático – R$ 109.990

Fixa técnica de cada modelo
Para ver e baixar a ficha técnica do T-Cross 1.0 CLIQUE AQUI

Para ver e baixar a ficha técnica do T-Cross 1.4 CLIQUE AQUI

Conclusão
Se você está pesquisando para comprar um SUV médio com excelente motorização, design moderno, acabamento superior, muita tecnologia e econômico, o VW T-Cross pode ser uma excelente escolha. Você pode até achar que os preços são um pouco salgados, mas o mercado está praticando essa faixa de preço para os carros da categoria.

Aconselho você a comparar os modelos disponíveis levando sempre em consideração os itens que são importantes para você dentro do orçamento que tem disponível para a compra.

 

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