A sigla ESG (a abreviação em inglês de Environmental, Social, Governance) se tornou recorrente no vocabulário de executivos, investidores e mesmo colaboradores de grandes empresas. A sigla trata-se de uma incorporação de práticas de sustentabilidade ambiental, inclusão social e governança do universo corporativo e sua consequente transformação em um ativo tangível do ponto de vista financeiro.
Responsabilidade socioambiental e ética são valores do Teuto há mais de 75 anos, e fazem parte do DNA da companhia. Segundo a supervisora de meio ambiente da indústria farmacêutica, Aretha Duarte, a empresa programou uma agenda com 52 projetos, com o objetivo de alcançar a maturidade dos temas até 2025. “Damos continuidade com o tema e avançamos com a Agenda ESG. Construímos juntos com as partes interessadas a matriz de materialidade, onde foi possível identificar os temas materiais que fazem parte da estratégia de negócio do Laboratório Teuto”, explica.
Entre estes projetos, o Teuto busca por novas tecnologias e soluções inovadoras, o que fez o laboratório ser a primeira indústria farmacêutica do Distrito Agro Industrial de Goiás (DAIA) a utilizar Gás Natural Liquefeito (GNL) como fonte de energia limpa. “Elaboramos o estudo de funcionalidade para substituir combustíveis atuais (GLP e Óleo BPF) para Gás Natural, elaboramos os projetos em conformidade com as normativas técnicas, aplicando as melhores tecnologias, associadas aos ganhos ambientais e financeiros, e por fim realizamos a implementação com o aval dos nossos diretores e CEO”, relata o coordenador responsável pelo projeto, Djalma Carvalho.
Um dos grandes debates recorrentes no mundo é a escassez de água, e essa preocupação também faz parte da estratégia de trabalho do Teuto. Com diversas iniciativas sendo desenvolvidas ao longo dos anos, existe o processo de reaproveitamento de água de rejeito da osmose. “A aplicação desta água de rejeito é utilizada nas torres de resfriamento das central de água gelada que atende uma unidade produtiva. Com esta ação, a companhia gera economia anual na casa de quase 60 milhões de litros. Além de contribuir para a companhia, com a economia no consumo de água potável, também contribuímos com as políticas ambientais”, explica Djalma.
Além disso, a indústria também busca ações contínuas para o uso eficiente de água. Em 2021, foi mapeado e classificado nascentes presentes na Reserva Follium, área de conservação ambiental, dentro do mais completo parque farmacêutico da América Latina. “A estação de tratamento de efluentes presentes na planta Teuto trata todo líquido gerado nas atividades industriais e administrativas. A eficiência de remoção de carga orgânica no último ano ficou na média de 84% de eficiência, percentual obtido através de procedimentos operacionais adequados e profissionais qualificados”, argumenta o coordenador.
O Teuto foi a primeira indústria farmacêutica do Brasil a utilizar o papel cartão VitaCyclo da Papirus, segundo dados da empresa, proveniente de economia circular que prevê a destinação correta dos resíduos para sua posterior reutilização no processo produtivo. Produzido pela Papirus, uma das maiores fabricantes de papel cartão do País, o Vitacycle conta com 30% de fibras pós-consumo – provenientes da coleta de embalagens usadas e descartadas pelos consumidores. Por empregar fibras recicladas pós-consumo, o Laboratório Teuto adquiriu o direito de utilizar créditos de reciclagem que atestam a sustentabilidade da produção das embalagens e sua respectiva logística reversa.
O projeto envolveu também a Mācron Indústria Gráfica, responsável pela produção das embalagens, e a Cleantech Pólen – parceira da Papirus que gera os créditos de reciclagem. “Em um curto espaço de tempo, passamos a utilizar o Vitacycle em 50% das embalagens da nossa linha de produtos. Considerando que os primeiros lotes foram recebidos a partir de setembro de 2021, já foram recebidos, aproximadamente, 500 lotes de cartonagens, que corresponde aproximadamente 535 toneladas de fibras recicladas”, afirma Andreia Cavalcante, diretora de Qualidade do Teuto.