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Twitter abriga 46 mil contas de terroristas do Estado Islâmico



Os terroristas do grupo Estado Islâmico estão longe de serem extremistas isolados do mundo tecnológico atual. O lado medieval das decapitações promovidas  em locais ermos e com poucas testemunhas contrasta com o uso massivo das modernas redes sociais para divulgação da propaganda e captação de novos adeptos.

Em reportagem veiculada hoje, o jornal El País informa que o Estado Islâmico está ampliando o alcance de suas mensagens terroristas com o uso de mais de 46 mil contas no Twitter. Cerca de 30 mil delas são controladas por pessoas, as demais são os chamados “bots”, que são sistemas automáticos que reproduzem textos e podem ser programados somente uma vez. Os perfis serviriam mais para fortalecer a propaganda do grupo Estado Islâmico do que para comunicação entre eles, que provavelmente é feita de forma menos pública.

O idioma mais utilizado é o árabe, mas há também mensagens em inglês e francês aos montes. Outros idiomas são mais raros. O uso de outras línguas serviria para conseguir jovens adeptos pelo mundo afora. Os dados foram fornecidos pelo secretário de Segurança da Espanha, Francisco Martínez, em um congresso sobre terrorismo realizado em Málaga, nesta semana.



Martinez destacou que sem a internet, o terrorismo não seria o que é hoje. Segundo ele “a internet é o oxigênio que eles utilizam para estender a violência e publicá-la”.

O grupo de extremistas do Estado Islâmico, antes chamado de Estado Islâmico no Iraque, Síria e Levante (Isis), é o de maior destaque no noticiário atual. Suas ações primam por grande violência e geração de insegurança e pânico contra os países considerados alvos. Vídeos de decapitações são comuns, além de ações rápidas para controlar ou destruir infraestruturas estratégicas. A organizações é considerada uma ameaça para todos os países. O secretário enfatizou que o combate ao terrorismo inclui, perante esse fato, uma estreita colaboração entre governos e a iniciativa privada para coibir o uso da internet como plataforma de propaganda desses grupos.

O texto original do El País pode ser acessado clicando neste link.

 

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