O Brasil superou, em abril, a marca de um smartphone por habitante e hoje conta com 220 milhões de celulares do tipo (de acordo com a FGV). Faz sentido, já que o smartphone é o principal meio de acesso à internet dos brasileiros – cerca de 92% da população prefere navegar pelas redes sociais e fazer compras online pela telinha, segundo o IBGE.
O número é especialmente interessante porque o mercado de smartphones experimentou dois anos seguidos de baixa (2015 e 2016, quando a crise econômica se aprofundou), mas… [read more=”Continuar lendo…” less=”Menos”]
…se recuperou em 2017, com o segundo melhor desempenho da história: 47,7 milhões de aparelhos vendidos, crescimento de 9,7% em relação a 2016. São dados do IDC.
Alinhado a esse cenário, o PayPal realizou, em parceria com a Ipsos, a quarta edição de sua pesquisa “Perfil do Consumidor Online”. E descobriu, entre outras coisas, que, do total gasto no período de 12 meses (de março de 2017 a março de 2018) pelos compradores online brasileiros, cerca de 14% se deram via smartphones – em 2016, ano da terceira edição do estudo, esse índice era de 17%; e, em 2015, 13%.
Quando o assunto é a proporção de compras feitas via smartphone em sites de outros países, o total gasto atingiu 28% (em 2016, ficou em 18%; e, em 2015, não passou de 14%).
Essas são algumas das muitas conclusões a que o estudo chegou no Brasil. No total, a Ipsos ouviu mais de 34 mil internautas em 31 países para entender por que e como as pessoas compram produtos e/ou serviços via internet. Outros pontos abordados foram: como está o comerciocross-border(entre fronteiras); que tipo de equipamento as pessoas vêm usando para adquirir produtos/serviços online; o que as leva a querer comprar online; os principais produtos/serviços adquiridos (classificados por temas); e seus maiores receios na hora de finalizar compras pela web, ainda um gargalo para o setor de e-commerce e m-commerce.
A pesquisa também apurou que 76% dos internautas brasileiros compraram online (via app ou website) no período de 12 meses – em 2016, esse índice foi de 67%. Sendo que, desses compradores online, 52% afirmaram ter adquirido produtos somente em sites brasileiros (na terceira edição da pesquisa, essa porcentagem era de 55%); 40% compraram tanto domesticamente quanto em sites de outros países (eram 37% em 2016); e 8% só compraram de sites estrangeiros (número que não mudou desde o último levantamento).
Outro resultado importante do estudo: 45% dos adultos brasileiros entrevistados online acreditam que seus gastos online vão aumentar nos próximos 12 meses (em 2016, esse índice era de 44%).
A seguir, confira os highlights do mercado brasileiro:
Compras online e via mobile no Brasil estimadas até 2020:
·A Ipsos estimou, neste levantamento, que o número total de compras online aumentou 21% no Brasil entre 2016 e 2017 (saltou de R$ 137,4 bilhões para R$ 166,2 bilhões). E que as compras online via smartphone no mesmo período sofreram um boom estimado de mais 60% – indo de R$ 26 bilhões para R$ 41,8 bilhões.
·A Ipsos também estimou crescimento do mercado online em 19% em 2018; 18% em 2019; e 17% em 2020 (quando deve atingir cerca de R$ 272 bilhões). Já as compras via smartphone devem crescer 36% em 2018; 35% em 2019; e 34% em 2020 (batendo os R$ 103 bilhões).
Do valor total gasto online pelos entrevistados no período de 12 meses (média de gastos online por canal):
·62% foram gastos em sites brasileiros por meio de app ou website
·16% foram gastos em market places via app ou website
·13% foram gastos em sites estrangeiros por meio de app ou website
·9% foram gastos via redes sociais
Em que ocasiões ou épocas do ano os compradores cross-border compram mais do que normalmente em sites de outros países (% selecionada pelos compradores cross-border):
·43% na Black Friday (49% em 2016)
·39% no Natal (43% em 2016)
·29% em vendas sazonais (38% em 2016)
·15% no Dia das Mães (21% em 2016)
·13% no Dia das Crianças (item novo na pesquisa)
·11% no Dia dos Namorados (16% em 2016)
·11% no Dia dos Pais (14% em 2016)
·9% na Páscoa (10% em 2016)
·8% no Dia da Mulher (item novo na pesquisa)
·7% na Cyber Monday (11% em 2016)
Participação dos gastos online totais por tipo de dispositivo. De acordo com os compradores online, em média:
·65% do total gasto online nos últimos doze meses se deram via desktop, notebook e laptop (eram 74% em 2016 e 76% em 2015)
·14% do total gasto online nos últimos doze meses se deram via smartphone (eram 17% em 2016 e 13% em 2015)
·5% do total gasto online nos últimos doze meses se deram via tablet (eram 4% em 2016 e 7% em 2015)
Participação dos gastos online em sites do exterior por tipo de dispositivo. De acordo com os compradores cross-border, em média:
·61% das compras online em sites de outros países no período de 12 meses se deram via desktop, notebook e laptop (eram 71% em 2016 e 74% em 2015)
·28% das compras online em sites de outros países no período de 12 meses se deram via smartphone (eram 18% em 2016 e 14% em 2015)
·5% das compras online em sites de outros países no período de 12 meses se deram via tablet (eram 7% em 2016 e 8% em 2015)
Os compradores online pretendem aumentar ou diminuir seus gastos online nos próximos 12 meses?
·45% disseram que comprarão mais
·27% disseram que manterão o atual padrão de compras online
·8% disseram que comprarão menos
Razões pelas quais os pesquisados imaginam que seus gastos online vão aumentar nos próximos 12 meses (% dos adultos online que disseram que seus gastos online aumentarão nos próximos 12 meses):
·Conveniência na hora de comprar online (63%)
·Mudança no rendimento disponível (46%)
·Aumento no número de plataformas de comércio online (32%)
·Mudanças na economia (25%)
Razões pelas quais os pesquisados imaginam que seus gastos online vão diminuir nos próximos 12 meses (% dos adultos online que disseram que seus gastos online diminuirão nos próximos 12 meses):
·Planejam guardar mais dinheiro (48%)
·Mudanças na economia (38%)
·Mudança no rendimento disponível (35%)
·Mudança nas taxas de câmbio (9%)
Top 5 das categorias de produtos adquiridos online pelos brasileiros no período de 12 meses (% dos compradores que compraram online nessas categorias no período de 12 meses, baseada em todas as categorias cobertas pela pesquisa):
·65% adquiriram roupas, calçados e acessórios
·55% compraram equipamentos eletrônicos, computadores/tablets/smartphones
·51% adquiriram eletrodomésticos, utensílios domésticos e móveis
·50% compraram produtos de beleza e cosméticos
·44% adquiriram ingressos para cinema, teatro, shows e eventos esportivos
Top 5 das categorias de produtos adquiridos online pelos brasileiros em sites de outros países no período de 12 meses (% dos compradores online que compraram em sites de outros países nessas categorias no período de 12 meses, baseada em todas as categorias cobertas pela pesquisa):
·60% compraram roupas, calçados e acessórios
·57% adquiriram joias e relógios
·49% compraram brinquedos e itens colecionáveis ou para hobby
·47% adquiriram cosméticos e produtos de beleza
·45% compraram equipamentos eletrônicos, computadores/tablets/smartphones
Dos brasileiros que compraram online no período de 12 meses…
·35% afirmaram ter feito compras em sites da Ásia nos últimos 12 meses (o índice era de 30% em 2016), principalmente da China, onde 30% fizeram compras (eram 29% em 2016)
·21% informaram ter feito compras em sites da América do Norte no período de 12 meses(o índice era de 19% em 2016), principalmente nos EUA, onde 21% fizeram compras (eram 19% em 2016)
·9% dos compradores online disseram ter adquirido produtos na Europa (eram 7% em 2016).
·5% dos compradores online responderam ter feito compras em sites das Américas do Sul (excluindo o Brasil) e Central (em 2016, foram 4%)
Principais razões pelas quais os brasileiros que compraram online da China escolheram fazer compras nesse país (% dos que fizeram compras na China e que escolheram cada uma das opções abaixo):
·89% dos internautas afirmaram que a principal motivação para comprar na China são os preços baixos (em 2016, esse índice era de 86%)
·46% disseram comprar na China pela chance de descobrir produtos novos (em 2016, esse índice era de 73%)
·36% deles declararam que a remessa de produtos desde a China é mais acessível do que a de outros países (em 2016, esse índice era de 61%)
Principais razões pelas quais brasileiros que compraram online dos Estados Unidos escolheram fazer compras nesse país (% dos que fizeram compras nos EUA e que escolheram cada uma das opções abaixo):
·75% afirmaram que os preços mais baixos são a principal razão para fazê-lo (em 2016, esse índice era de 60%)
·49% dos que compraram nos EUA afirmaram que a qualidade dos produtos é a principal razão para fazê-lo (em 2016, esse índice era de 66%)
·34% disseram comprar nos EUA por causa do leque maior de produtos à disposição, não encontrados no Brasil (em 2016, esse índice era de 58%)
Compradores online têm maior propensão de comprar em sites estrangeiros que oferecem:
·Frete grátis (52% dos compradores online disseram que esta possibilidade os faria mais predispostos a comprar de sites de outros países, mesmo índice da pesquisa de 2016)
Modalidade segura de pagamento (45%, eram 50% em 2016)
·Entrega mais rápida (44%, eram 46% em 2016)
·Custo total mais baixo, incluindo o envio (44%, este item não aparecia na sondagem de 2016)
·Possibilidade de pagamento em moeda brasileira (42%, eram 46% em 2016)
68% dos compradores online entrevistados no Brasil disseram que começaram a fazer compras online em um site de outro país, mas abandonaram o processo antes do fim – essa taxa era de 64% no estudo de 2016. As 5 razões principais para isso são (% dos compradores online que abandonaram uma compra cross-border por item):
·Prazo de entrega muito extenso (44%, o índice era de 35% em 2016)
·Taxa de envio/postagem muito alta (42%, o índice era de 36% em 2016)
·Informação deficitária quanto a taxas extras a serem pagas (32%, o índice era de 28% em 2016)
·Falta de segurança no site (31%, o índice era de 30% em 2016)
·Taxa de câmbio desfavorável (30%, o índice era de 29% em 2016)
Nas compras online cross-border, os métodos de pagamento mais usados no período de 12 meses foram (% de clientes transfronteiriços que utilizaram cada método para transações cross-border no período de 12 meses):
·49% PayPal (48% em 2016)
·33% MasterCard (31% em 2016)
·27% Visa (32% em 2016)
Principais razões para preferirem usar PayPal em compras cross-border (% dos compradores transfronteiriços que afirmaram que o PayPal é o método de pagamento preferencial e que selecionaram cada um dos motivos abaixo para explicar essa preferência):
·Porque é uma maneira segura de pagar (41%, contra 36% dos demais métodos de pagamento)
·Porque o processo de pagamento é rápido (38%, contra 28% dos demais métodos de pagamento)
·Porque é um método de pagamento conveniente (32%, contra 28% dos demais métodos de pagamento)
·Porque o check-out é rápido (28%, contra 23% dos demais métodos de pagamento)
·Porque é uma marca conhecida e confiável (28%, contra 19% dos demais métodos de pagamento)
Já nas compras online domésticas, os métodos de pagamento mais usados no período de 12 meses foram (% dos compradores online domésticos que usaram cada método para uma transação doméstica online no período de 12 meses):
·54% boleto bancário (57% em 2016)
·47% PayPal (45% em 2016)
·47% MasterCard (52% em 2016)
·42% PagSeguro (48% em 2016)
·38% Visa (47% em 2016)
Principais razões para preferirem usar PayPal em compras domésticas (% dos compradores domésticos que afirmaram que o PayPal é o método de pagamento preferencial e que selecionaram cada um dos motivos abaixo para explicar essa preferência):
·Porque é uma maneira segura de pagar (38%, mesma porcentagem dos demais métodos de pagamento)
·Porque o checkout é rápido (29%, contra 26% dos demais métodos de pagamento)
·Porque é aceito por muitas lojas online (28%, contra 36% dos demais métodos de pagamento)
·Porque é uma marca conhecida e confiável (27%, contra 25% dos demais métodos de pagamento)
PayPal Insights 2018
A pedido do PayPal, a Ipsos entrevistou uma amostra representativa* de aproximadamente 34 mil pessoas (com 18 anos ou mais) que usam ou têm um equipamento** com acesso à internet em 31 países (Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Irlanda, França, Alemanha, Itália, Espanha, Holanda, Suécia, Bélgica, Noruega, Áustria, Rússia, Hungria, Polônia, República Tcheca, Grécia, Israel, Emirados Árabes Unidos, Brasil, México, Argentina, África do Sul, Índia, China, Japão, Singapura, Hong Kong, Austrália e Filipinas). As entrevistas foram realizadas online entre 13 de março e 1º de maio de 2018. Dos 34.052 entrevistados, 30.698 foram compradores online (tinham feito pelo menos uma compra na internet via desktop/laptop/notebook/smartphone ou tablet); e, entre eles, 16.706 foram identificados como compradores cross-border.
As entrevistas no Brasil foram realizadas entre os dias 10 e 21 de abril de 2018 em uma amostra de 1.001 pessoas. Destes 1.001 entrevistados, 763 eram compradores online (fizeram pelo menos uma compra na internet via desktop/laptop/notebook/smartphone ou tablet); e, entre eles, 363 foram identificados como compradores cross-border.
Os dados foram ponderados para representar a incidência de compradores online em todos os países, Em alguns deles, os dados foram ponderados também para se ajustarem ao perfil demográfico dos usuários de internet.
(*) Idade, sexo e região representativos da população online.
(**) Computador, desktop, laptop, notebook, tablet, smartphone, outros tipos de telefones móveis, organizador eletrônico, PDA com funções de wireless e acesso a dados, consoles de jogos com conectividade à internet, a exemplo de Wii, PlayStation e Xbox, e Smart TV.
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