…centenas de milhares de aplicativos para dispositivos que usam o Windows. Mas, lembra o especialista, mesmo com tantas opções, na prática, a maioria das pessoas baixa, no máximo, até cem aplicativos. E, usa para valer, se muito, uma dezena deles.
E, como cada consumidor tende a usar mais de um dispositivo, e como boa parte deles tem instalado mais de um sistema operacional, o que vemos é um usuário, principalmente o leigo, cada vez mais irritado. Esta irritação, aliás, cresce à mesma proporção da complexidade do mundo que ele enfrenta. Na verdade, tudo o que ele busca é simplicidade. Ou seja, acessar alguns serviços que lhe fazem sentido e atendem às suas demandas diárias sem complicações.
É por isso mesmo que O´Donnell defende que boa parte dos maiores provedores de serviços e de software deva mudar de estratégia. Para ele, isto é apenas uma questão de tempo. Essas empresas já teriam percebido o desconforto do usuário no emaranhado de aplicativos que precisam domar. Já se deram conta que chegou a hora de lhe facilitar a vida. Buscam, portanto, oferecer ao seu cliente uma experiência de qualidade independente do aplicativo, do dispositivo, do sistema operacional ou do navegador usado para acessar as suas aplicações ou serviços.
Assim, segundo O´Donnel, empresas líderes globais a centenas de provedores de serviços em nuvem, desenvolveriam o que ele chama de “MetaOS”, ou “Meta sistema operacional”. Na prática o conceito refere-se a uma camada que seria semelhante a uma plataforma de software e serviços que funcionaria independente de qualquer plataforma de dispositivo. E que garantiria às pessoas acessar apenas aquilo que desejam.
Em busca de solução
Alguns líderes globais já estariam integrando serviços nas plataformas MetaOS, de forma a substituir as tarefas e as funções hoje exercidas por aplicativos. Assim, quem viesse a acessar conteúdos de mídia, ou serviços financeiros, bastaria fazer o seu login em um dos mega serviços de MetaOS, com a ajuda de um assistente inteligente. E a sua identidade virtual única (outro elemento-chave da MetaOS) permitiria o seu acesso a esses serviços de forma segura.
O´Donnell aposta que gigantes da tecnologia devam esboçar seus primeiros esforços nesta área ainda este ano. E afirma que não se surpreenderá se alguma dessas grandes empresas fizerem as primeiras aquisições estratégicas para garantir o preenchimento das lacunas de desenvolvimento e de projeto que têm em termos de MetaOS ao longo de 2016. Tomara que esteja certo. Já não sei mais o que fazer com as dezenas de aplicativos que baixei no meu celular. Que venha o Meta OS!
* diretor de Serviços Financeiros do PayPal para a América Latina
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