As vendas de smartphones continuam vexatórias para a maioria dos fabricantes em quase todos os mercados mundiais. Ontem, 25 de outubro, foi a vez da Apple mostrar que a visão de vários analistas de que o mercado chegou a uma saturação está correta e seu iPhone está contribuindo para isso. A empresa registrou vendas de US$ 215,6 bilhões no seu quarto trimestre fiscal e encerramento do ano contábil, terminado em 24 de setembro. A queda foi de 8% na comparação com o ano passado. Com isso, os lucros também foram atingidos e caíram 14% para US$ 45,7 bilhões, algo que não ocorria desde 2001, com 14% a menos que 2015.
A diminuição das vendas é mais preocupante por ser a terceira queda consecutiva. O iPhone desencadeou o principal impacto nesse item do balanço. A empresa vendeu 45,5 milhões de unidades de seu smartphone, um recuo de 5% em relação ao ano passado.
Analistas de mercado apontam que há uma saturação no mercado. Parece que todos que podem pagar por iPhone já possuem um e não foram comovidos para comprar o novo modelo de 2015, o iPhone 7. Na época do lançamento, as análises do produto apontavam mesmo que as principais evoluções, na maioria feitas no software, eram boas mas não o suficiente para impulsionar muitas vendas. O lançamento também foi tardio, contribuindo para o balanço somente nas últimas semanas do trimestre.
A Apple não é a única a ter esse problema. Outros fabricantes veem as vendas caírem nos últimos trimestres por falta de inovação. Some mente a Samsung vinha navegando por um ano bom, com o S7, lançado no começo de 2016, e boas expectativas com o Galaxy Note 7. Contudo, esse último modelo foi um fiasco, incendiando-se diante dos consumidores. Quase todos os mercados também estão em baixa, somente a China tem crescido, e bem fora do que foi antes, o que tem sido insuficiente para sustentar vendas de qualquer marca. Mesmo as chinesas passam dificuldade.
Apostas em 2017
A Apple deve colocar mais inovação em um possível iPhone 8, a ser lançado em 2017. Os primeiros rumores que já correm os sites de fãs da empresa apontam para algo realmente fora do comum. É previsível que a empresa faça algo para o ano que vem, quando o iPhone, lançado em 2007 completa 10 anos.
Contudo, ela deverá enfrentar concorrentes que já saem na frente. O Google, com seu smartphone Pixel, já contém algumas inovações desejadas pelos consumidores. A Xiaomi também tem seu protótipo Mi Mix com cara de lançamento próximo.
Além disso, há uma chance de o próprio mercado de smartphone estar entrando em estagnação, como ocorreu com o computador de mesa. Inteligência artificial, bots, assistentes por voz e realidade virtual já se apresentam como substitutos para o aparelho ou, no mínimo, features que todo smartphone deveria ter embutido. A evolução dessas tecnologias está longe de ser a ideal, mas foi rápida o suficiente para colocá-las como possibilidades. Assim, 2017 parece ser um ano definitivo para esse segmento da tecnologia, se não for o derradeiro.
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