… no terceiro trimestre daquele ano”, afirma Munin. Nem as datas comemorativas têm dado fôlego às vendas. Segundo o analista, pela primeira vez, houve fabricantes que não participaram diretamente da Black Friday. “A data certamente aqueceu as vendas, o desempenho será melhor que o do Natal, mas não o suficiente para recuperar o volume do ano”.
Além das questões relacionadas à alta do dólar e do baixo desempenho da economia, o analista da IDC Brasil atribui o aumento do ciclo de vida dos smartphones – devido às melhorias nas especificações técnicas – como uma das razões para a queda nas vendas. Segundo ele, o usuário levava cerca de um ano e seis meses para adquirir um novo aparelho. Hoje, o interesse pela troca permanece, porém, o que se vê é que a compra tem sido cada vez mais postergada.
Apesar na queda em número de unidades vendidas, os dados da IDC revelam que houve crescimento de 1,7% na receita no terceiro trimestre, com aproximadamente R$ 9,9 bilhões. “Hoje há equipamentos mais robustos, com recursos mais sofisticados e, consequentemente mais caros”, raciocina Munin. O ticket médio passou de R$ 790 no primeiro trimestre de 2015 para R$ 925 no terceiro. Outro dado apresentado pelo analista mostra que 46% das vendas – quase cinco milhões de smartphones – foram de aparelhos compatíveis com a rede 4G.
A expectativa da IDC Brasil é que o mercado de smartphones termine 2015 com baixa de 12,8%, com 47,575 milhões de celulares inteligentes comercializados. Já o mercado total, deve cair 26,8% frente a 2014. Em relação ao fim da MP do Bem, Leonardo Munin avisa: “assim que o fim da isenção de impostos começar a valer, o preço final dos produtos deve ficar 10% mais caro na ponta e refletirá diretamente no desempenho das vendas. Para 2016, nossa projeção é de queda de ao menos 8%, com aproximadamente 43,8 milhões de smartphones comercializados”.
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