Home Analytics Você já conhece o machine learning. Mas e o “machine teacher”?

Você já conhece o machine learning. Mas e o “machine teacher”?



A inteligência artificial não é propriamente um assunto novo. Em 1950, o pesquisador Alan Turing criou o Teste Turing, como uma forma de medir se uma máquina apresentava comportamento inteligente equivalente a de um ser humano. Em 1959, o MIT (Massachussetts Institute of Technology) fundou o seu primeiro laboratório de IA. Desde então, as máquinas já derrotaram os homens em jogos de estratégia, como o gamão e o xadrez. Mas, nos últimos anos, os computadores deixaram de processar apenas raciocínios lógicos e passaram a ser capazes de aprender com as pessoas e os ambientes de rede.

De acordo com Milton Stiilpen Junior, cofundador da Stilingue, plataforma de monitoramento online e Inteligência Artificial, isso aconteceu por quatro motivos principais:

1. Porque o custo do hardware (armazenamento, rede, CPU e banda larga) finalmente começou a cair;
2. Porque ferramentas de busca online conseguiram indexar efetivamente toda a internet, linkando milhões de computadores domésticos e empresariais para processar grandes volumes de dados e dispensando a necessidade de supercomputadores industriais;
3. Porque a ciência da computação começou a utilizar as placas de vídeo, antes dedicadas apenas à renderização de vídeos e jogos, em aplicações de machine learning;
4. Porque diversos algoritmos sofisticados e estáveis de Inteligência Artificial passaram a funcionar com códigos abertos, disponíveis para todos.



Mas para que o computador possa aprender, alguém precisa ensinar. Assim, uma das profissões que surgem nessa nova era do conhecimento humano é a de professor da máquina (machine teacher). “O computador é como uma criança. Ele aprende pelo exemplo. E também comete erros. No processamento de linguagem natural, assim como na visão computacional, quanto mais exemplos o homem oferece à máquina, mais ela se torna capaz de realizar tarefas com precisão”, diz Stiilpen.

Replicando erros
Da mesma maneira que o computador aprende com exemplos positivos, ele também desenvolve vícios e preconceitos do seu professor humano e da sociedade como um todo. Nos Estados Unidos, o governo tentou automatizar as análises de liberdade condicional para presos utilizando Inteligência Artificial. “Os computadores não foram ensinados adequadamente sobre como realizar essa tarefa e os analistas perceberam que homens de pele preta e parda tinham menos chance de receber a liberdade condicional pelos critérios adotados pela Inteligência Artificial”, lembra Milton Stiilpen.

Nesse cenário de transformações, diversos setores da economia já investem em Inteligência Artificial. Nos últimos anos, essas tecnologias já movimentaram mundialmente valores na casa dos US$ 8 bilhões.

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