Por Thiago Dias Arbulu *
A flexibilização de medidas de distanciamento social acelerou a retomada de rotinas de escritórios, ainda que com limitações de espaço, tempo e quantidade de pessoas.
E essa volta a prédios com salas fechadas, muitas vezes sem ventilação natural, faz com que sejam retomados os debates sobre a segurança do uso de equipamentos de ar-condicionado em um momento de preocupação com disseminação de doenças respiratórias e virais.
A questão central é que esse é um tema que não deveria ser apenas sazonal ou circunstancial. Não se pode esperar a chegada de um problema para pensar em soluções ou formas de evitá-lo. É preciso criar uma cultura de maior atenção com o projeto de climatização, que deve considerar níveis de filtragem e renovação do ar, manutenção, limpeza e higienização dos filtros e dutos.
Inclusive, segundo a lei 13.589/18, “Todos os edifícios de uso público e coletivo que possuem ambientes de ar interior climatizado artificialmente devem dispor de um Plano de Manutenção, Operação e Controle – PMOC dos respectivos sistemas de climatização, visando à eliminação ou minimização de riscos potenciais à saúde dos ocupantes”. Isso serve tanto para pautas ligadas à saúde de quem frequenta ambientes estritamente climatizados quanto para a agenda ambiental, de sustentabilidade.
É bom ponderar também que, de acordo com pesquisas recentes, cada vez mais a qualidade do ar é apontada como principal influenciador para melhora de performance, felicidade e bem-estar no ambiente de trabalho. O que certamente será acentuado devido a esse momento que vivemos.
Dessa forma o ar-condicionado não pode ser determinado como um vilão, mas sim um aliado às boas práticas de tratamento do ar. Contudo o que conta e provoca preocupações válidas e justas é o tipo do produto e a forma como ele é cuidado e atualizado.
Também deveria ser primordial uma verificação mais frequente da qualidade do ar nesses ambientes fechados, em que dificilmente há ventilação natural. A falta de renovação do ar pode elevar a concentração de CO2 e até a proliferação de fungos, elementos que contribuem com o aumento de problemas respiratórios de diferentes gravidades.
Atualmente existem diversas opções de soluções para atender essa nova necessidade, com destaque para equipamentos que captam o ar exterior, filtram e ainda reduzem a temperatura para otimizar a operação.
Além disso, as tecnologias atuais permitem uma distribuição de ar mais homogênea e com controle mais preciso de temperatura e umidade, evitando a dispersão e concentração de vírus, bactérias e partículas indesejadas.
Por isso é importante tratar sistemas de ar-condicionado como prioridade independentemente do período do ano. A manutenção constante e a busca por profissionais qualificados para instalar e realizar ajustes são fatores essenciais para que o uso de aparelhos de ar-condicionado seja mais saudável e sustentável.
* Thiago Dias Arbulu, Gerente Sênior de Produtos da Divisão de Digital Appliances da Samsung Brasil
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