A fabricante chinesa de smartphones Xiaomi tem conversado com bancos nos últimos dias à procura de parceiros que conduzam a oferta pública inicial de ações da companhia (IPO) ainda em 2018, na bolsa de Hong Kong, em princípio. O valor almejado é alto e deve ficar perto dos US$ 50 bi.
A Xiaomi foi avaliada em US$ 46 bi em uma rodada de investimento realizada em 2014. Era uma fase áurea do mercado de smartphones e havia muita expectativa em toda a cadeia da mobilidade. A própria empresa era considerada na época a startup mais valorizada do mundo. Os anos seguintes não foram tão bons para várias empresas, com algumas até sumindo das lojas. A chinesa também sofreu essa oscilação, principalmente nos últimos dois anos, mas os resultados recentes de seu balanço mostram recuperação e colocam a marca entre as poucas que devem seguir adiante nesse segmento de tecnologia.
Números da consultoria Gartner mostram que a Samsung ainda lidera as vendas de smartphones no mundo (22%), uma posição mantém a três trimestres seguidos. A Apple vem em segundo lugar e a Huawei em terceiro. A Xiaomi tem conseguido destaque com crescimento de dois dígitos. Na Índia, um dos únicos mercados a manter crescimento em vendas de smartphone, a Xiaomi está em crescimento rápido e já ameaça a Samsung.
A estratégia do executivo principal da companhia, Lei Jun, de lançar lojas físicas de varejo por toda a China tem ajudado na recuperação. A marca comercializava, desde 2012, somente pela internet. O varejo físico só começou a ser prioridade em 2015, com as concorrentes Oppo e Vivo ameaçando a Xiaomi e vendendo bem no comércio de rua. O sucesso das concorrentes fez a Xiaomi investir pesado no varejo. São cerca de 220 lojas Mi Home na China, em cidades consideradas de primeira, segunda e terceira grandeza.
Valores maiores
Os planos são para chegar a mil lojas dessas nos próximos três anos e ultrapassar as fronteiras chinesas, levando a Mi Home para outros países. As lojas vendem também outros produtos da marca, além dos smartphones.
O bom momento fez executivos da empresa mirarem um IPO de US$ 100 bi, meta que foi suavizada por aconselhamento de bancos, de acordo com o site financeiro Bloomberg. O IPO recorde do e-commerce chinês Alibaba alcançou US$25 bi, em 2014. As empresas chinesas dominam a lista de maiores ofertas iniciais de ações de todos os tempos. GM, Facebook e Visa são das poucas ocidentais nesse ranking.
Se o IPO de US$ 50 bi for alcançado, isso significa que a empresa terá US$ 5 bi imediatamente em mãos para impulsionar seu crescimento. Isso é algo que pode realmente abalar concorrentes.
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