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Acidentes de trânsito aumentam no Brasil, mostram dados



22/7/2022 – A gestão de frotas pode fazer uso de diversos níveis de rastreamento para entender e trabalhar na mudança de comportamento dos condutoresIndicativos estaduais e nacionais revelam aumento de casos; CTO da Golfleet Tecnologia explica como a tecnologia pode ajudar e contribuir para a gestão de frotas leves

São Paulo (SP) é a maior cidade da América do Sul e a mais populosa do país, com 12,33 milhões de habitantes, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).  A metrópole, que acumula uma série de conquistas, tem um dos trânsitos mais movimentados do mundo – que mata duas pessoas por dia, de acordo com dados do Infosiga-SP (Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito).

Segundo o levantamento, o trânsito fez 329 vítimas fatais entre janeiro e maio de 2022 – a maior taxa dos últimos cinco anos. Os motociclistas lideram o número de cidadãos que foram a óbito nas vias paulistanas, com 46%. A análise também mostra que o maior número de vítimas tem entre 18 e 24 anos.



A nível nacional, 33.497 pessoas morreram em decorrência de acidentes no trânsito em 2020, número maior do que a população de cidades como Biritiba Mirim (SP), com 33.265 habitantes. A informação é do Ministério da Saúde, que revela que houve um percentual 2,5% maior do que o registrado em 2019, pré-pandemia – portanto, antes da adoção de medidas de quarentena e isolamento social que restringiram a circulação de pessoas, e que poderiam ter contribuído para uma baixa no período analisado.

Além disso, segundo o órgão federal, o número de vítimas fatais no trânsito do país também é maior do que a soma de óbitos de 2018, quando foram registrados 33.408 casos. Com os dados de 2020, foi a primeira vez desde 2012 que os números voltaram a subir, após uma tendência de queda, conforme publicado pelo Portal do Trânsito.

Para Sérgio Jábali, CTO da Golfleet Tecnologia, empresa que atua com tecnologia para gestão de frotas leves, o número de ocorrências no trânsito tem aumentado ao lado de elementos como o excesso de velocidade, o uso de celular e o hábito de dirigir alcoolizado, que estão entre as três principais causas de acidente do gênero. 

“O foco e atenção dos motoristas estão cada vez mais divididos entre o trânsito e o celular, o que é um comportamento muito grave. É preciso um trabalho forte de conscientização sobre cultura de segurança para conseguirmos preservar a vida de todos os envolvidos”, considera Jábali.

Tecnologias podem ajudar empresas a reduzir acidentes

Na visão do CTO, diante da crescente onda de acidentes de trânsito no país, a adoção de diversos tipos de tecnologia pode contribuir para mudar esse cenário. “A gestão de frotas pode fazer uso de diversos níveis de rastreamento para entender e trabalhar na mudança de comportamento dos condutores. Com rastreamento, é possível controlar excessos de velocidade”.

Além disso, prossegue, tecnologias mais avançadas, como telemetria e videotelemetria, tornam possível entender o perfil de dirigibilidade do condutor, enxergar indicadores de aceleração e frenagens bruscas, curvas inadequadas e, até mesmo, infrações de velocidade por trecho da via.

O especialista também destaca que o uso de uma ferramenta de controle de velocidade permite que o gestor de frotas saiba, com precisão, como cada um de seus condutores está se comportando atrás do volante. “Isso ajuda na elaboração de estratégias para redução de comportamento de risco e, consequentemente, a diminuição de multas e acidentes”.

Para cada posição (latitude e longitude) gerada na telemetria, compara-se a velocidade do veículo naquele momento com a velocidade permitida na via, detalha Jábali, isso é possível devido ao módulo de velocidade por via. Caso o veículo esteja acima da velocidade, é aplicada uma classificação de acordo com as regras do Detran (Departamento Estadual de Trânsito). O órgão determina que até 20% acima da velocidade é infração média, entre 20% e 50%  grave e acima de 50%, infração gravíssima.

De acordo com o Detran, 1.942 infrações foram aplicadas na região do Grande ABC (SP), no primeiro semestre deste ano, ao passo em que, em 2021, foram registradas 1.746 multas. Já o percentual de infrações aos motoristas flagrados ao celular enquanto dirigem subiu 11,2% no período analisado. Em todo Estado de São Paulo, o aumento de multas foi de 160%, conforme publicado pelo Diário do Grande ABC.

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