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4G dá um salto no Brasil e cresce quase 400% em dois anos



O Brasil completa dois anos de operação dos serviços 4G e se destaca como um dos países da América Latina que mais cresce no uso da tecnologia Long Term Evolution (LTE) na América Latina. A avaliação é da 4G America que aponta o avanço desse padrão no País, impulsionado pelo cronograma estabelecido pelo governo para cobertura das cidades-sede da Copa do Mundo.

A banda larga 4G estreou no Brasil em 30 de abril de 2013 com o propósito de atender às necessidades da Copa das Confederações (2013) e da Copa do Mundo (2014), a princípio para as cidades de Brasília, Recife, Salvador, Fortaleza, Rio de Janeiro e Belo Horizonte com ampliação constante.

A meta do Ministério das Comunicações é de que até 2017 todas as cidades com mais de trinta mil moradores deverão contar com a tecnologia. Embora este calendário tenha proposto o início do uso da tecnologia no país em 2013, a operadora SKY já havia lançado a tecnologia em 2011 para oferecer banda larga fixa.



De acordo com dados da Teleco, em janeiro de 2015, o Brasil apresentava 7,7 milhões de acessos 4G LTE, o que representa um crescimento de 394,9% em relação ao mesmo período do ano passado, quando havia 1,6 milhão de linhas ativas baseadas na nova tecnologia.

A implementação de 4G no Brasil segue os padrões mundiais, chegando nos principais polos e se estendendo para as demais regiões. “Diferentemente das tecnologias móveis anteriores, que levavam uns 5 a 6 anos para chegar na região, o aparecimento do LTE aconteceu quase simultaneamente com mercados desenvolvidos como o Reino Unido, Espanha, França e Itália”, explica José Otero, diretor da 4G Americas para América Latina e Caribe.

Além de ter por fim uma rede inteiramente IP, o LTE marca o começo do fenômeno da simultaneidade: redes novas são implantadas ao mesmo tempo, tanto em mercados desenvolvidos como em outros em desenvolvimento.

Histórico de 4G no Brasil
Em setembro de 2014 aconteceu o leilão da frequência que corresponderá à banda 28 do LTE, também conhecida como 700 MHz APT. A faixa para o uso da tecnologia 4G já é utilizada em países asiáticos como Coreia do Sul, Japão e Hong Kong, sendo que atualmente a região com maior participação em conexões 4G no mundo é a Ásia-Pacífico, com 47% da fatia de mercado de acordo com pesquisa realizada pela GSA, instituição que representa fornecedores de infraestrutura móvel em todo o mundo.

Esta frequência permitirá ao Brasil maior flexibilidade para o espectro. No leilão, realizado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), as operadoras Claro, TIM e Vivo ficaram com os 3 lotes 4G que permitem oferecer a tecnologia em todo território nacional.

A Algar Telecom arrematou o lote 5, que permite a oferta de 4G em 87 municípios de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Atualmente a faixa ainda não está disponível comercialmente, no entanto a expectativa é que em 2018 se comece a utilizá-la nos grandes centros urbanos.


A expectativa é que o mercado de smartphones que utilizam a tecnologia LTE cresça substancialmente em 2015. Dados divulgados em abril pela IDC estimam um crescimento de 30% a 35% ao longo de 2015.

“O aumento da economia de escala para o mercado LTE é importantíssimo para seu desenvolvimento. A redução de preços, maior oferta de dispositivos, serão fundamentais para o avanço em toda a região”, reforça Otero.

 

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