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Arrecadação federal aumentou 4,7% em setembro em relação ao mesmo mês de 2021



O governo federal arrecadou R$ 166,827 bilhões no mês de setembro, número que representa 4,7% a mais do valor recolhido no mesmo mês do ano passado, segundo o último boletim divulgado pela Receita Federal. No acumulado de janeiro a setembro, o Fisco já arrecadou R$ 1,630 trilhão, o que representa um aumento real de 9,52% em relação ao mesmo período de 2021.

Entre as arrecadações que contribuíram para esse aumento estão o Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, que alcançaram o montante de R$ 28,428 bilhões em setembro, um acréscimo real de 13,28% nas estimativas da Receita Federal. No acumulado de janeiro a setembro, a arrecadação nessa área totalizou R$ 371,726 bilhões, com alta real de 20,48% em relação ao ano passado.

O aumento da participação da contribuição das empresas é importante para o Tesouro conseguir pagar as despesas do setor público e seus compromissos com a população. Entretanto, pelo lado de quem paga os tributos, especialmente os que precisam pagar diversas taxas ao mesmo tempo, a corrida para se manter em dia com o Fisco nem sempre é uma tarefa fácil. Com mais de 20 anos na área contábil, o gerente de negócios Andre Morandi Alexandre explica que as empresas precisam estar atentas para acompanhar diariamente as implicações de quase 50 regras tributárias nos níveis municipal, estadual e federal. “Diariamente, estas alterações legais geram impacto na forma de cálculo que pode variar por região, por produtos e em especial por operações em cada transação de um negócio no país, sem considerar a esfera municipal, onde cada município possui legislação própria para tributação sobre os serviços prestados”, comenta.



O número de regras a que as empresas precisam estar atentas é um desafio para escritórios e departamentos de contabilidade. Andre Alexandre ressalta que, segundo dados do Banco Mundial, a partir da padronização iniciada pelo Governo Federal em 2006, com o Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), foi possível reduzir várias horas na apuração dos impostos no Brasil.

Além do sistema, existem outras ferramentas tecnológicas que possibilitam um melhor acompanhamento dos processos tributários e aumento da produtividade, simplificando o dia a dia do trabalho nas empresas e escritórios contábeis. “A partir de tecnologias e automação de monitoramento das legislações, são enviadas notificações apenas se o cenário da empresa for impactado, simplificando e reduzindo o tempo do profissional para ter foco no que é necessário e para atender as mudanças legais de interesse de seu próprio negócio ou de seus clientes”, informa.

Outra forma de simplificar o acompanhamento das regras tributárias, evitar problemas com o Fisco e, principalmente, não perder de vista a saúde do negócio é fazer análises estratégicas periódicas. Na visão de André Morandi Alexandre, que também atua como consultor de novos negócios, é preciso estar atento às mudanças de comportamento de consumidores, repensar o modelo de negócio da empresa, avaliar estratégias ou propor aos clientes – no caso de um escritório contábil – negócios mais competitivos, ao mesmo tempo em que avalia os impactos de legislações e tributações para verificar se vale a pena fazer mudanças.

“Para este contexto podemos lançar mão de ferramentas que nos permitem simular operações de vendas ou compras de determinado produto, com inteligência tributária integrada, sendo possível simular diversos cenários e avaliando seu impacto tributário antes da efetiva realização desta operação, com a possibilidade de identificar se irá gerar prejuízo ou lucro, considerando as regiões e ou estados que são mais vantajosas com benefícios fiscais, objetivando operar e aumentar a rentabilidade”, destaca o profissional.

Tecnologias inteligentes possibilitam emissão e melhor gestão de notas fiscais

Um dos documentos mais importantes nas operações comerciais de empresas é a Nota Fiscal, que garante o recolhimento de impostos. André Morandi Alexandre ressalta que utilizar tecnologias inteligentes que possam validar a carga tributária antes da emissão de um documento fiscal ou na entrada de uma compra de um fornecedor, ajudará em alta escala a produtividade, evitar risco de autuações, como multas, e garantir o atendimento das regras de compliance da organização.

“Estas operações são a base para gerar apurações com distintas regras de impostos, gerando o pagamento de guias de recolhimento dos mais diversos tipos de tributos, bem como a geração de inúmeras obrigações fiscais e contábeis digitais solicitadas pelo governo em diferentes periodicidades, podendo ser diário, mensal, trimestral, semestral e anual”, informa. Outras tecnologias também podem ajudar as empresas a fazer a comunicação de recolhimento de impostos diretamente ao governo federal, facilitando a gestão dessas operações e se precavendo de possíveis problemas no caso de cruzamento de informações.

“Para ter a garantia de que todas as declarações estão batendo e estão corretas, devido ao alto volume de operações, é inviável realizar uma conferência sem o apoio de tecnologias, onde podemos utilizar ferramentas de auditoria que realizam inúmeros cruzamentos de informações, apontando alertas de dados inconsistentes para previa avaliação e correção antes da entrega ao governo federal”, conclui.

Arrecadação federal aumentou 4,7% em setembro em relação ao mesmo mês de 2021