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Consórcio: vendas cravam 3,75 mi e negócios somam R$ 313 bi



No encerramento do período compreendido entre janeiro e outubro, o sistema de consórcios registrou o maior volume de vendas ao atingir 3,75 milhões de cotas. O crescimento foi 7,8% acima dos 3,48 milhões anotados naqueles meses do ano passado. No período, o acumulado de negócios avançou 20,3% sobre os R$ 260,51 bilhões anteriores, chegando a R$ 313,48 bilhões neste ano, de acordo com as estimativas da assessoria econômica da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC)

Em paralelo, o volume de participantes ativos voltou a crescer e registrar novo recorde em outubro. Ao cravar 11,14 milhões de consorciados ativos, o sistema de consórcios evoluiu 10,8% sobre os 10,05 milhões do mesmo mês em 2023.

No volume de consorciados ativos, houve altas em quatro setores: 24,5% nos imóveis; 12,1% nos veículos pesados; 9,6% em motocicletas, e 9,1% nos veículos leves. Os setores que tiveram retração foram: serviços, com -31,3%, e eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis, com -4,0%.



No décimo mês do ano, houve elevação do valor do tíquete médio em relação ao mês de outubro do ano passado. Os R$ 81,07 mil verificados em 2024 foram 4,5% maiores que os R$ 77,56 mil verificados há um ano.

Na somatória de janeiro a outubro deste ano, o acumulado de consorciados contemplados atingiu 1,41 milhão, 3,7% maior que 1,36 milhão anotados naquele período em 2023.

A correspondente concessão de créditos para os consorciados contemplados atingiu R$ 81,07 bilhões, no período. Foram potencialmente injetados nos segmentos da economia nos quais a modalidade está presente, contabilizando mais 14,8% sobre os R$ 70,60 bilhões anteriores.

“Com um segundo semestre demonstrando forte crescimento em vendas de cotas, negócios realizados e crescimento em participantes ativos, o Sistema de Consórcios vem registrando a confiança ratificada pelo brasileiro no mecanismo em todos os setores, como forma consciente de planejamento e aquisição de bens ou contratação de serviços”, afirma Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC.

Ao apontar os diversos recordes históricos, Rossi comenta que “fica claro que as decisões pela modalidade são frutos do crescente conhecimento sobre a essência da educação financeira aplicada na gestão das finanças pessoais”, completa.

“Considerando as boas adesões registradas, as expectativas são cada vez mais otimistas quanto ao encerramento do ano, confirmando as projeções feitas em 2023”, conclui o presidente da ABAC.

O consórcio nos elos da cadeia produtiva

O consórcio está em setores como o de motocicletas que, somente nos dez meses de contemplações, anotou a potencial aquisição de uma moto a cada duas comercializadas no mercado interno. No setor automotivo, a possível presença esteve também em um a cada três veículos leves vendidos no país.

Outro exemplo de atuação pode ser verificado no mercado de veículos pesados, no qual o mecanismo apontou a potencialidade de um a cada três caminhões negociados no mercado automotivo, para ampliação ou renovação de frotas do setor de transportes, com destaque para uso de equipamentos no agronegócio.

Nas concessões acumuladas de janeiro a outubro, o sistema de consórcios alcançou 28,6% de potencial participação no setor de automóveis, utilitários e camionetas. Nas de motos, houve 37,8% de provável participação, e no de veículos pesados, a relação somente para caminhões foi de 32,9%.

Nos nove meses iniciais deste ano, o segmento imobiliário apresentou 16,4% de consorciados contemplados em potenciais participações no total de 495,14 mil imóveis financiados, incluindo o consórcio. Aproximadamente houve um imóvel por consórcio a cada seis comercializados.

“É importante relembrar que muitos créditos liberados por ocasião das contemplações no sistema de consórcios”, esclarece Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC, “não são transformados em bens ou em contratação de serviços de imediato. Assim, existem valores pertencentes a contemplados em vários segmentos que ainda não foram utilizados, razão pela qual seguimos divulgando em dois tipos de classificações: primeiro as estimativas de potenciais inserções dos créditos nos mercados de cada setor e na sequência as aquisições realizadas”, complementa.

Aquisições de veículos via consórcio confirmam a participação nas vendas no mercado interno

A participação dos consórcios, segundo a B3, incluindo leves, motos, caminhões e implementos rodoviários, novos e seminovos, variaram de 8,1% a 32,5% entre os totais no período. Cada percentual registrou o interesse dos consumidores pela modalidade como forma de usufruir das características básicas como parcelas acessíveis, sem juros, prazos longos, poder de compra, sem cobranças retroativas, sem IOF, entre outros.

No segmento de veículos leves, observou-se que, do total, 8,1% foram realizados com créditos concedidos por contemplações, enquanto 91,9% originaram-se dos financiamentos.

Na divisão entre novos e usados, verificou-se que 9,2% dos veículos zero km foram via consórcio enquanto 90,8% foram por financiamentos. Nos seminovos, houve 7,9% pelo consórcio e 92,1% por financiamentos.

No segmento das duas rodas, observou-se que, do volume comercializado no mercado nacional, 25,9% foram utilizados a partir de créditos concedidos por consórcio, e 74,1% provenientes de financiamentos.

Ao separar em novas e usadas, 32,5% estiveram nas motos zero via consórcio e 67,5% foram por financiamentos. Nas seminovas, houve 7,8% pela modalidade consorcial e 92,2% por financiamentos.

No segmento dos veículos pesados, os caminhões mostraram que do total vendido internamente, 10,5% foram com uso de créditos liberados por consórcio e 89,5% procedentes de financiamentos.

Na separação entre novos e usados, houve 8,5% de caminhões zero comercializados via consórcio e 91,5% por financiamentos. Os seminovos somaram 12,1% via Sistema de Consórcios, enquanto 87,9% foram por financiamentos.

Ainda em veículos pesados, os implementos rodoviários totalizaram 18,3% de vendas pelo consórcio e 81,7% resultante de outras linhas de crédito, no mercado interno.

Na análise entre novos e usados, houve 16,5% de semirreboques zero via consórcio e 83,5% pelos vários tipos de financiamentos. Paralelamente, os seminovos atingiram 21,4% pelas contemplações e 78,6% por empréstimos variados.

 

 

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