Um estudo realizado pela IBM em 2022 revelou o interesse atual de empresas brasileiras em soluções de IA. Segundo a pesquisa, publicada no fim do ano passado, 41% das empresas do Brasil já utilizavam algum tipo de ferramenta de inteligência artificial. O crescimento do investimento nas ferramentas no país acompanhou uma tendência mundial, de acordo com o levantamento.
Outro levantamento, desenvolvido pela consultoria IDC, prevê que o Brasil supere a cifra de US$ 1 bilhão em investimentos com IA em 2023, um aumento de 33% comparado ao ano anterior.
“O poder das ferramentas de inteligência artificial é inquestionável. Empresas se veem cada vez mais compelidas a utilizar esta miríade de soluções, dada a intensa competição em seus mercados”, diz Alexandre Antabi, diretor da Macher Tecnologia.
Ele explica que há vários fatores que podem explicar o crescimento do interesse das empresas em soluções de IA, como o fim da pandemia de Covid-19 e a urgência por crescimento, as iniciativas de inovação e transformação digital, a necessidade de cortar custos e acelerar processos e a demanda do próprio mercado. Alexandre também sugere que, internamente, uma das principais motivações pela qual empresas têm buscado tais soluções é a possibilidade de se criar produtos e serviços cada vez mais personalizados para seus clientes.
IA e segurança dos dados
O crescente uso de uma nova tecnologia para gerenciar os processos pode significar um impacto na forma como as empresas gerenciam os dados envolvidos neles. “Na atual era digital, com a interseção entre a inteligência artificial (IA) e negócios, tanto a proteção de dados pessoais quanto a proteção à propriedade intelectual têm gerado dilemas para empresas que buscam inovar em seus negócios”, alerta Antabi.
O especialista indica que há potenciais riscos ocultos para as organizações que decidem investir em soluções de IA para acelerar seus processos e aumentar a eficiência. “ChatGPT, Bard e Copilot estão a um clique de distância de departamentos de marketing, IT, desenvolvimento de software, vendas etc. Mas nem sempre são empregados junto com estratégias de conformidade com a LGPD [Lei Geral de Proteção de Dados], por exemplo”, completa Antabi.
A pesquisa de 2022 da IBM corrobora a preocupação de Antabi. Segundo os dados coletados, “garantir a segurança da informação” é considerada a parte mais difícil do processo de gestão de dados de uma empresa. Mais da metade (51%) dos profissionais de TI entrevistados no estudo afirmaram encontrar dificuldades neste quesito.
“Considerando a LGPD, por exemplo, é importante se atentar aos provedores de serviço utilizados, às transferências internacionais de dados e às decisões automatizadas. É importante realizar a gestão de risco e envolver times de TI, DPO, Privacidade e Jurídico para evitar problemas com privacidade e questões relativas ao Shadow IT”, recomenda Antabi.
A relação entre o uso de ferramentas de IA e a LGPD pode ser evidenciada pelo fato de a ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados) ter publicado, recentemente, a Análise Preliminar do Projeto de Lei (PL) nº 2338/2023, documento que dispõe sobre o uso da Inteligência Artificial no Brasil. O texto traz os principais pontos de convergência e conflito entre o PL e a LGPD e reforça o posicionamento da ANPD em assumir o protagonismo na regulação de IA no país.
Ademais, Alexandre também pontua que contar com um DPO atuante e conhecedor da área de atuação e com autonomia, para liderar as atividades de desenvolvimento e difusão de uma Cultura de Privacidade, oferecendo suporte e direcionamento a todos os membros da organização, faz toda a diferença na gestão e redução dos riscos corporativos.
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