De acordo com dados da Abinpet (Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação), o Brasil ocupa a terceira posição no ranking global de faturamento no segmento pet, com uma fatia de 4,95%. Este cenário coloca o país atrás apenas dos Estados Unidos, responsáveis por 43,7% do mercado, e da China, que detém 8,7%. No contexto atual, a indústria de produtos para animais de estimação projeta um crescimento de 10,6% em seu faturamento para este ano, alcançando a marca de R$ 46,42 bilhões.
Além disso, mais da metade dos lares brasileiros possuem cães ou gatos como membros da família, sendo que aproximadamente 30% desses pets foram adotados durante o período da pandemia. Segundo estudo realizado pela Adventures, esse fenômeno, aliado às restrições de circulação impostas durante a crise sanitária, impulsionou o setor pet, resultando em um aumento estimado de 108% nas compras.
No que tange à distribuição do faturamento no segmento, a categoria “Pet Food” deve representar a maior fatia, atingindo 78% do total, com um montante de R$ 36,4 bilhões e um crescimento de 9,4% em relação ao ano anterior. Em seguida, a categoria “Pet Vet” (produtos veterinários) deve responder por 15% do faturamento, totalizando R$ 6,87 bilhões, com um aumento de 16% em relação a 2022. Por fim, a categoria “Pet Care” (produtos de bem-estar e higiene) deve ter 7% do faturamento, com R$ 3,08 bilhões, e apresentar um crescimento de 15% em relação ao ano anterior.
Outro aspecto a ser considerado é o crescimento das vendas on-line no setor pet, com uma crescente observada durante a época das restrições na pandemia. Durante o período de confinamento em 2020, a participação das categorias de produtos para pets no faturamento online saltou de 9% para 36,6%.
Mesmo com a retomada das compras em lojas físicas, os consumidores continuam a adquirir produtos para seus animais de estimação pela internet. O e-commerce pet registrou um aumento de 130% durante a crise sanitária, passando de R$ 1,44 bilhão para R$ 3,3 bilhões entre janeiro de 2020 e março de 2022, conforme levantamento do IPB (Instituto Pet Brasil).
O setor de contabilidade no mercado pet
Tendo o mercado pet a especificidade de apresentar atividades econômicas distintas, como a venda de produtos e a prestação de serviços – e, além disso, registrado, ao longo dos últimos anos, um aquecimento constante -, faz-se necessário, para este setor, o trabalho de profissionais do ramo contábil, que deverão atuar no sentido de garantir a segurança fiscal do negócio.
O CEO da CPA Prime Contabilidade, Ricardo Marquart, explica que o trabalho de uma empresa de contabilidade para pet shop consiste em duas áreas principais: na escolha e adequação de um regime tributário compatível; e na escrituração contábil do pet shop, que diz respeito às movimentações financeiras e patrimoniais da empresa, para que a declaração à Receita Federal seja feita de forma correta.
O executivo ressalta que, com o crescente aquecimento do mercado pet, as empresas devem ficar atentas, por exemplo, ao correto armazenamento de alimentos e medicamentos, algo que exige grande atenção na questão da contabilidade dos produtos. “Neste caso, um descuido no momento de elencar corretamente a quantidade de produtos armazenados no estoque pode comprometer toda a contabilidade da empresa”.
Outro ponto importante ressaltado por Marquart diz respeito à manutenção do alvará em dia e, em casos em que o estabelecimento ofereça serviços veterinários, ao registro no Conselho Regional de Medicina Veterinária.
Para saber mais, basta acessar: https://www.cpaprimecontabilidade.com.br/