Para ir além de se obter uma “placa preta” que corresponde a, no mínimo, 80% de originalidade, é necessário ter boas práticas. [read more=”Continuar lendo…” less=”Menos”]
Quanto a isso, a oficina especializada A.M. Marcelo tem conhecimento de causa. Segundo José Manoel Veludo, gerente da oficina e responsável pelo processo de restauração, “esse trabalho cuidadoso, que leva no mínimo um ano para ser bem sucedido, envolve profissionais de várias áreas e não abre mão da tecnologia que dispomos hoje para devolver um clássico aos seus padrões originais de época”, explica.
Conheça as práticas:
Boas referências
Tudo em prol da originalidade, um clássico precisa ter informações precisas quanto às cores, padronagens, encaixes e acabamentos para reproduzir exatamente o modelo quando era zero quilômetro em sua versão exata. “Para isso vale recorrer aos catálogos de época, referências da montadora e fotos que ajudarão a balizar o trabalho que será feito na restauração”, explicou Veludo.
Remoção da pintura
Mais do que remover a tinta, ser capaz de retirar todas as camadas que recobrem a carroceria é o ideal. Para isso, a recomendação é o jateamento, um processo que leva de dois a três dias seguido por uma análise da superfície. “O carro pode ser inúmeras camadas e tinta de restaurações anteriores e o ideal é remover tudo para um trabalho de alta qualidade”.
Funilaria artesanal
Bastante difundida, a funilaria reproduz e conserta peças metálicas que se deterioraram ou ficaram corroídas. Vale dizer que usar apenas massa não resolve o problema, apenas adia um processo que pode ser bem feito desde o começo. “Esse trabalho requer uma excelente mão de obra, que vai cortar, unir e igualar as chapas antes da preparação, por isso a etapa anterior do jateamento é tão importante”, lembrou Veludo.
A cor exata
Mais do que o código, a cor exata de um carro antigo requer uma análise atenta. Além do número, fazer a pintura em partes pequenas e analisar tudo usando um colorímetro, que utiliza feixes de luz para detectar a cor exata, é o ideal.
Desmontagem e separação
O carro restaurado deve ser inteiramente desmontado e todas as peças separadas e etiquetadas. “Parece mera organização, mas muitas oficinas não fazem essa separação, conservação e até a limpeza de peças que serão remontadas depois, o que também é uma boa prática quando se trata de restaurar um carro”, disse o especialista.
Pintura em cabine
Também é uma prática difundida no mercado mas uma pintura feita em estufa devidamente isolada e iluminada faz toda a diferença. O colecionador deve ter acesso ao espaço para conferir se há o devido isolamento, o que garantirá uma cobertura uniforme, brilho e qualidade à pintura.
Impressoras 3D
Elas estão em alta quando se trata especialmente de produtos com base plástica como encaixes ou moldes, e que podem ser perfeitamente reproduzidos em impressoras 3D.
Padronagem antiga
O carro devidamente restaurado reproduz exatamente o que era aplicado à época de sua produção. Uma boa oficina terá cuidado ao restaurar um painel danificado por exemplo, usando o tom de iluminação adequado e “amarelado” nos carros antigos, a costura dos bancos e até mesmo o tom preciso usado no estofamento.
Montagem
Assim como a desmontagem, a montagem de acabamentos, estofamento, itens mecânicos e cromados será cuidadosa até mesmo na forma de aplicação das peças. “Sobreposição de peças, encaixes, materiais usados como forração, espessura e tipo dos fios elétricos, tudo deve ser correspondente ao usado na época em que o carro era produzido”, disse o especialista.
Conservação
Essa etapa é feita fora da oficina, e depende do colecionador. Manter o carro em uma garagem arejada mas livre de sujidades e umidade ajudam a manter o carro bem conservado. “É essencial além do funcionamento constante do automóvel, a limpeza correta para conservar a pintura e manter o veículo longe da umidade e do excesso de luz solar”, finalizou Veludo.
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