Por vezes surgem artigos publicados em revistas destacando um tal de “efeito CEO”. São textos agradáveis de ler e motivam a acordar cedo para enfrentar os desafios do mundo corporativo, seja porque você tem confiança no executivo principal da empresa ou porque você é esse líder máximo.
Mas um estudo da Texas A&M University, publicado no Strategic Management Journal, o pesquisador e professor de gestão empresarial, Markus Fitza, põe sérias dúvidas sobre esse tal “efeito CEO”. Denominado “The use of variance decomposition in the investigation of CEO effects: How large must the CEO effect be to rule out chance?“, o paper levantou dados estatísticos de 1.500 das maiores empresas americanas entre 1993 a 2012 e descobriu que apenas uma fração do desempenho delas pode ser atribuída ao CEO.
O pesquisador ficou interessado pelo tema ao notar que havia diferenças de estilos de comando entre os chefes das grandes companhias e muitas ideias de sucesso não se mostravam realmente efetivas quando replicadas conforme recomendadas. Havia também a questão do acaso. Forças e movimentos do mercado que não foram previstas agiam de forma diferente não importava se o CEO era considerado bom ou péssimo.
Outra análise que baseou o estudo é a chamada ‘regressão para a média’. Nesse fenômeno estatístico, em um período de tempo suficientemente longo os resultados positivos ou negativos tendem a…[MAIS]