Home CORPORATE Carreira Entrevista ruim é principal motivo de desistência de candidatos

Entrevista ruim é principal motivo de desistência de candidatos



Entrevistas durante o processo seletivo para uma vaga de trabalho representam uma ponte que os candidatos devem atravessar para passar de pretendente a novo contratado. Dados do recente relatório Demand for Skilled Talent 2022 da Robert Half Consultoria de Recursos Humanos indicam que o principal motivo pelo qual 33% dos profissionais ignoraram potenciais empregadores durante o processo de recrutamento e seleção, foi ter passado pela experiência de uma entrevista ruim.

A pesquisa identificou que o fenômeno do “ghosting” (candidatos que desaparecem) está afetando cada vez mais os empregadores. O estudo aponta, ainda, que além do “sumiço” de candidatos, 56% dos gerentes seniores perderam uma potencial contratação no ano passado pela falta de uma maior flexibilidade de horário de trabalho (40%); seguido da demora do gerente de contratação em fazer uma oferta (35%) e pelas expectativas salariais não atendidas (24%).

A competição acirrada por talentos e o aumento das vagas de emprego levam os empregadores e recrutadores a trabalhar mais rápido. “Para tanto, o uso da inteligência artificial (IA) na atração e seleção de talentos e sistemas de autoentrevista por vídeo são duas tendências que ajudam a mitigar alguns desses pontos problemáticos para preencher cargos com mais rapidez e precisão”, destaca Thiarlei Macedo, CEO da startup Skeel Recrutamento Inteligente, executivo de negócios de TI, especialista em software e machine learning. 



Outra proposta para superar o desafio veio do diretor executivo sênior da Robert Half, Paul McDonald. “A contratação está mais difícil do que nunca, e os empregadores precisam superar as expectativas dos candidatos para conseguir os melhores talentos. Oferecer acordos de trabalho flexíveis e remuneração e vantagens competitivas pode despertar o interesse dos candidatos a emprego – e agir rapidamente para marcar entrevistas e estender ofertas pode ajudar a fechar o negócio”.

Uso de dispositivos inovadores de triagem para racionalizar o processo

Outra pesquisa, chamada “Recursos e Planejamento de Talentos de 2020”, do Chartered Institute of Personnel and Development” (CIPD),  principal órgão profissional do Reino Unido para especialistas em RH, reforça a tendência de produção de ferramentas avançadas de seleção e o uso crescente da tecnologia para realizar testes/avaliações online e  desenvolver uma compreensão completa do perfil do talento. Coletar e avaliar dados e fortalecer abordagens com base nos insights obtidos é fundamental para maximizar a eficácia e eficiência das estratégias de recursos para as fases de contratação. 

“O uso da inteligência artificial (IA), por exemplo, nos permite desenvolver ferramentas inovadoras para evoluir o processo de recrutamento e seleção. Reduzindo muito o tempo e custo de contratação, bem como a rotatividade de profissionais admitidos”, completa Macedo.

Mecanismos como a autoentrevista, por exemplo, auxiliam na agilidade dos processos. “O candidato escolhe o melhor momento para responder às perguntas do entrevistador e pode testar e rever seus vídeos antes de enviar as respostas. A tecnologia possibilita ao entrevistador escutar, pelo menos, 30% a mais de candidatos. Posteriormente, as entrevistas ao vivo ou presenciais são feitas somente com as pessoas que foram identificadas com potencial de contratação. Sem desperdiçar o tempo de ninguém”, observa o executivo.

Inteligência artificial (IA) para assertividade e eficiência no recrutamento

Um fator importante é que as constantes movimentações do mercado e os avanços tecnológicos demandam assertividade e eficiência. A edição da pesquisa State of Artificial Intelligence in Talent Acquisition, apresentada pela Oracle em 2019, já revelava que somente 10% das empresas utilizavam de forma constante, ferramentas de IA para a contratação de novos talentos. Enquanto que 37% das organizações informaram que fariam uso da tecnologia nos dois anos seguintes.

“Não é mais necessário ser uma gigante como a Amazon ou Microsoft para aplicar algoritmos sofisticados de IA em seus processos de recrutamento e seleção. Grandes, médias e até pequenas empresas já conseguem utilizar estas tecnologias de inteligência artificial para acelerar seus processos e encontrar os melhores profissionais, sem a necessidade de gastos exorbitantes”, exemplifica Macedo. 

Os dados mostram que o uso da inteligência artificial (IA) no recrutamento e seleção virou tendência e o resultado trouxe maior agilidade e precisão ao processo. “Essas tecnologias otimizam os resultados das empresas, dos recrutadores e dos departamentos de RH, e proporcionam uma experiência positiva para os candidatos durante as etapas da contratação”, finaliza o CEO.

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