… amostra de 1.788 adultos norte-americanos entre as idades de 19 e 32 anos.
Há um ciclo vicioso e um possível erro de automedicação, adiantam os pesquisadores da Universidade de Pittsurgh. A dificuldade de dormir pode levar a uma maior utilização dos meios de comunicação social, que, por sua vez, pode levar a mais problemas para dormir. O encadeamento do problema tem a ver com a forma particularmente interativa e estimulante que os sites sociais proporcionam. Há sensação de gratificação e estímulo ao compartilhar vídeos ou participar de discussões, mas isso tem sido prejudicial ao sono, advertem.
Círculo vicioso
O estudo não é definitivo por ser o primeiro feito com esse objeto de estudo. Outras pesquisas devem confirmar o problema que provavelmente será marcante para a geração que, até agora, só haviam elogios a serem feitos. “Esta é uma das primeiras peças de evidência que o uso de mídia social realmente pode afetar seu sono”, disse uma das autoras do estudo, Jessica C. Levenson, pesquisadora de pós-doutorado no Departamento de Psiquiatria da universidade. “E é focado na associação entre o uso de mídia social e sono entre os jovens adultos que são, sem dúvida, a primeira geração a crescer com a mídia social.” O estudo pode ser acessado nesse link.
Outro autor do estudo, Brian A. Primack, vice-chanceler para a saúde e a sociedade da Escola de Ciências da Saúde da universidade de Pittsburgh, enfatiza que são necessários mais estudos para saber ao certo se o uso de mídia social contribui para a perturbação do sono, se o que ocorre é justamente o contrário, ou ambos.
Por exemplo, a mídia social pode perturbar o sono quando os usuários ficam acordados até tarde para curtir ou postar fotos. Pode também promover a excitação emocional, cognitiva ou fisiológica com discussões acaloradas no Facebook. A luz dos dispositivos é outro fator que pode influenciar, por ser muito brilhante. Por outro lado, usuários que já sofrem de insônia podem recorrer aos sites sociais como um modo prazeroso de passar as horas acordados.
E se houver relação de ambos, o assunto pode ser mais delicado do que se pensa. Se usuários recorrem aos sites sociais para combater a insônia e esses locais ajudam no distúrbio, forma-se um círculo vicioso que será difícil de ser quebrado.
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