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Ex-CEO da Intel, Otellini morre aos 66 anos

A Intel anunciou, por meio de um comunicado oficial, no início da tarde de hoje, 3 de outubro, o falecimento de seu ex-CEO Paul Otellini. De acordo com a empresa, o executivo morreu durante o sono, na noite anterior. Otellini comandou a assumiu a fabricante de chips em 2005. Foi o quinto CEO da Intel, antecedendo o atual, Brian Krzanich, e teve importantes contribuições para o desenvolvimento da companhia.

Uma das cenas marcantes na história dos CEOs de tecnologia ocorreu em 2005, durante uma das apresentações do então presidente da Apple, Steve Jobs. Otellini apareceu no palco fantasiado com o traje de operário da fábrica de chips. Uma roupa branca superprotegida e com máscara hermética, muito parecida com o figurino de um filme de ficção científica. A encenação era para mostrar o primeiro computador Machintosh com chip Intel.

Durante a administração de Otellini, a Intel chegou a US$ 54 bilhões (alcançados em 2012) em vendas. Algo surpreendente para uma empresa que vinha de uma comemoração de um recorde de US$ 34 bilhões. Foi com esse CEO que a fabricante de chips consolidou-se como a maior e mais confiável fornecedora de processadores para computadores desktop (PCs).

Contudo, foi com Otellini também que a empresa começou a mostrar falhas na sua visão de futuro e sobrevivência. O CEO não enxergou a tempo a revolução dos smartphones, mercado esse que a Intel perdeu para outros concorrentes. Otellini tentou tirar os últimos lucros dos computadores pessoais e apostou forte nos notebooks mais finos e potentes, os ultrabooks, algo que se mostrou apenas um nicho de mercado.

Em uma entrevista ao The Atlantic, em 2013, Otellini diz que essa decisão ainda era algo que ele não havia digerido. “Eu deveria ter acreditado em meus instintos e não nos números dos relatórios de mercado”, apontou, mostrando que no fundo também tinha intenção de nortear a companhia rumo aos smartphones.



Avanços
Provavelmente foi sua única grande falha. Otellini consolidou a empresa em mercados que enfrentavam forte concorrência em preços e direcionou a fabricante para outras áreas, como servidores e segurança. Com ele, a pesquisa e desenvolvimento dos chips avançou muito mais do que qualquer antecessor poderia imaginar.

“Sob sua liderança, a empresa obteve importantes ganhos estratégicos, tecnológicos e financeiros. Isso inclui operações de transformação e estrutura de custos para o crescimento a longo prazo”, descreveu a empresa no comunicado.

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