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Ganhe até US$ 200 mil para achar falhas em tecnologia da Apple



Quase todas as empresas de tecnologia possuem programas de Caça de Bugs, destinados a hackers do bem e técnicos que conseguem destrinchar cada linha de código de seus produtos e serviços. A Apple é uma das que nunca foram muito afeitas a esse tipo de coisa. A empresa acreditava que isso influenciava negativamente sua propaganda de segurança, que sempre foi um ponto de diferencial. Mas a fabricane do iPhone parece ter mudado de opinião.

A Apple lançou seu próprio programa de caça aos bugs e a recompensa para quem achar uma falha é apetitosa. São prêmios de até US$ 200 mil. O anúncio foi feito pelo chefe de Engenharia de Segurança e Arquitetura, Ivan Krstic, numa conferência de especialistas. A empresa espera que algumas vulnerabilidades sejam descobertas e isso melhore seus produtos e serviços.

Quem trabalha com segurança digital sabe que não existe algo 100% seguro e a probabilidade de invasão é algo sempre presente. Nos dias de hoje, em que as empresas de tecnologia detém as plataformas e arquivos de nossa vida pessoal, manter política de melhoria contínua para conserto de falhas é algo essencial. Um problema pequeno pode se tornar incontrolável e custar a vida de um produto ou serviço.



O programa da Apple será lançado em setembro, com informações sobre inscrições a serem divulgadas na data.

Diálogo
A Apple sempre foi uma empresa muito reservada nessa caça a bugs. Um representante da empresa nesse tipo de conferência na qual Krstic palestrou não ocorria havai quatro anos. Os anúncios de segurança também são mantidos entre seus domínios. Em geral, as melhorias e divulgação de falhas só eram feitas em seu próprio evento para especialistas, o WWDC. E sempre era algo do tipo: “descobrimos e já consertamos, transformando numa nova funcionalidade de destaque”.

O executivo não comentou o porquê da mudança de postura. Mas a empresa teve recente briga com o FBI por uma questão de segurança. Os policiais queriam que a Apple abrisse a criptografia de um suspeito de terrorismo, mas a companhia manteve-se firme na negação. Dizia que isso abriria brechas perigosas para todos os usuários de todo o mundo. O FBI acabou acessando as informações por conta própria.

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