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“Gerando Valor no Ambiente de Estagnação do Brasil”. Confira as dicas desse estudo da BCG

 

… uma completa transformação da organização. Esse é um esforço que demandará energia de todos os funcionários, não apenas da liderança”, destaca Masao Ukon, sócio do BCG e um dos autores do estudo.

Em oposição a países como China, Índia e Coreia do Sul em que a produtividade conduziu o crescimento do PIB na última década, no Brasil, a média salarial e o número de empregos cresceram em proporção muito maior do que a produtividade. Esta foi uma das razões que levaram o Brasil a um explosivo crescimento no consumo na última década, o que ajudou as empresas a terem altas receitas, bom retorno aos acionistas e elevados padrões de qualidade de vida para os brasileiros.

Essa situação mudou. O que levou o Brasil a crescer tornou-se um vício. O crescimento econômico estagnou. As finanças e os investimentos públicos se deterioraram e o consumo da população despencou. “As companhias precisam se reinventar já que não podem mais contar com um alto número de vendas e crédito fácil”, ressalta Joaquim Côrtes, diretor do BCG e um dos autores do estudo.

Mesmo com crescimento econômico, a análise do BCG mostra que em média as empresas listadas na Bovespa entregaram retorno negativo de 4,6% aos acionistas entre 2010 a 2014. “Isso ocorreu porque as margens se deterioraram significativamente, com o aumento dos custos com mão-de-obra, excedente de capacidade em várias indústrias e uma perda de competitividade”, explica Joaquim.



Para aumentar a competividade e voltar ao crescimento sustentável quando o país se recuperar, o estudo do BCG aponta quatro alavancas para que as companhias aumentem seus rendimentos: Eficiência Organizacional, Eficiência Operacional, Eficiência Comercial e Eficiência de Capital.BCGGr1

• Eficiência Organizacional – Para melhorar a eficiência organizacional, o relatório aponta que as empresas devem simplificar a organização, reduzir a sobreposição de trabalho, revisar o escopo e os níveis de trabalho. De acordo com o estudo, muitas empresas no Brasil deram pouca importância para a sua estrutura gerencial, o que resultou em profissionais se dedicando a tarefas redundantes. “Existem casos em que gerentes têm menos de três pessoas reportando a eles”, afirma Masao. “Em empresas eficientes, um gerente pode ter de 6 a 10 subordinados, ou até mais.”

• Eficiência Operacional – Uma economia que está em queda encoraja empresas a serem mais produtivas, simplificando suas operações e implementando rigorosos controles. O relatório aponta que as companhias operando no Brasil devem melhorar suas práticas de compras, redesenhar a sua forma de trabalho, investir em automação e aperfeiçoar a área de supply-chain. “É essencial capacitar os trabalhadores, estabelecer KPIs para mensurar eficiência de custos e de produção”, afirma Jean Le Corre, sócio do BCG. “Na nossa pesquisa, vimos casos de empresas que tinham diversas estações de trabalho com muita ociosidade entre os trabalhadores e muitos deles eram insuficientemente treinados para o cargo”.

• Eficiência Comercial – Quando a economia está em crescimento, é mais fácil surfar a boa onda. Já em momentos como o atual, de acordo com o relatório, é preciso aumentar a eficiência comercial por meio da melhoria da efetividade da força de vendas, aperfeiçoar os investimentos em marketing, rever as estratégias de precificação e redesenhar os mercados de distribuição. “Identificamos empresas em que a equipe de vendas gastava muito mais tempo realizando tarefas administrativas do que lidando com os clientes. Para piorar, levava-se muito tempo para o cliente receber a mercadoria, pois o processo era falho”, detalha Masao. “Isso prejudica o número de vendas e ainda frustra o cliente que tem que esperar muito tempo para receber o seu pedido”.

• Eficiência de Capital – Na época em que o país estava em pleno crescimento, muitas empresas apostaram em investimentos que não foram produtivos. Agora, com a taxa de juros mais alta e com disponibilidade de crédito mais escasso, empresas devem achar saídas para reduzir seu capital de giro e fazer melhor uso dos seus gastos de capital e ativos fixos. “Um caso de sucesso identificado por nós foi uma empresa de Telecom no Brasil que usou o big data para analisar em quais microrregiões ela deveria priorizar os investimentos para maximizar os retornos”, exemplifica Joaquim.

 

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