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Inteligência de dados auxilia campanhas eleitorais e gestões públicas



Segundo um estudo conduzido pela PwC (PricewaterhouseCoopers), a pedido da Microsoft, a IA (Inteligência Artificial) poderá contribuir em mais de US$ 15,7 trilhões (R$ 83,30 trilhões) para a economia global até 2030, um avanço de aproximadamente 4,4% em relação à data de realização da pesquisa.

Na administração pública, a tecnologia digital vai além dos algoritmos de captação, análise e gestão de dados. Exemplo disso, a Alice (Sistema de Análise de Licitações e Editais) do TCU (Tribunal de Contas da União) – um robô desenvolvido para identificar irregularidades em licitações e pregões eletrônicos da administração federal – evitou mais de R$ 504 milhões em danos aos cofres públicos apenas em 2021, conforme publicado pelo Jornal da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

Diante de resultados como esse, um estudo inédito busca investigar a IA como método para o desenvolvimento de campanhas eleitorais personalizadas, com base no big data e no deep learning. A obra “Inteligência Artificial e o impacto da tecnologia no desenvolvimento de campanhas políticas: uma análise das campanhas dos candidatos para as prefeituras do Rio de Janeiro e de São Paulo em 2020” conta com o apoio do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). 



Para André Maranhão, Founder & CSO da Ray Consulting, empresa de Inteligência de dados, esses elementos têm se tornado cada vez mais importantes principalmente em campanhas políticas a fim de auxiliar os candidatos a serem mais assertivos em suas comunicações com a sociedade.

“Ter dados, tanto na gestão privada como na pública, pode catalisar tomadas de decisões assertivas. Em campanhas políticas, não é diferente: entender bem o seu eleitor, as suas regiões e anseios, a partir de dados respaldados, é uma alternativa para que o candidato possa direcionar o conteúdo, a praça e, até mesmo, a forma com que seus anúncios e sua presença serão circulados na sociedade”, explica Maranhão.

Assim, prossegue, candidatos que possuem essa visão clara e trazem a perspectiva data driven a suas campanhas conseguem direcionar as abordagens de forma mais rápida, eficiente e menos custosa para o eleitor que deseja converter.

Big Data e a política

Para Maranhão, com a evolução tecnológica cada vez mais rápida, é possível que a utilização de ferramentas como o big data possam ser cada vez mais inseridas no contexto político.

“A tecnologia e a gestão data driven vieram para impactar a forma com que as pessoas vivem, se comunicam e trabalham. Em média, gestores que se guiam por dados costumam ter 60% mais acertos. Na gestão pública, não pode ser diferente: o Brasil precisa acertar mais, precisa trazer insumos para direcionar a resolução de problemas sociais e acelerar o crescimento econômico”, articula.

Na visão do especialista, é necessário que haja um acompanhamento próximo dos dados envolvendo a gestão pública do país para entender onde há problemas e como resolvê-los. “Consultorias em dados, big datas e ERPs [Enterprise Resource Planning, na sigla em inglês – Planejamento dos Recursos da Empresa, em português] trazem uma visualização de elementos e precisam ser um dos principais focos do novo governo. Afinal, o que não pode ser medido e transformado em dados, não pode ser gerenciado”.

Ele destaca que, no Brasil, a gestão de dados é algo que vem sendo trazido como perspectiva: “O DataSUS é um claro exemplo, mas comparado à Europa, Ásia e América do Norte, estamos atrasados aproximadamente dez anos“.

Inteligência de dados auxilia campanhas eleitorais e gestões públicas

“Ao firmar uma candidatura, é comum buscar a assessoria de uma agência de publicidade ou se guiar com uma equipe de comunicação própria, sendo claro o enfoque no marketing. Apesar disso, o alinhamento apenas ao marketing guiado à criatividade, por si só, não é o bastante para atingir a assertividade”, considera Maranhão.

Ele explica que, em casos onde um candidato tem um curto espaço de tempo para circular ideias a um público específico, dados são fundamentais para uma campanha política que traga pautas que estão, de fato, sendo cobradas pela sociedade.

“Além do mais, os dados são essenciais para que um candidato possa dialogar rapidamente com o público que busca entender mais propostas sobre temas específicos. Trata-se de uma uma tendência: quem não ‘surfá-la’ agora poderá se tornar ultrapassado em poucos meses”, afirma o especialista.

Para concluir, o Founder & CSO da Ray Consulting explica que uma empresa de Inteligência de dados é uma alternativa para a atuação política, pois busca democratizar a informação por meio da tecnologia e contribuir para um ecossistema cada vez mais direcionado por dados, tornando a tomada de decisão rápida, escalável e acessível.

“Tanto para campanhas eleitorais como para a gestão pública, é necessário entender informações latentes sobre o mercado e a sociedade. O Brasil nunca precisou tanto de gestores públicos capazes de sanar dores da sociedade e impulsionar o crescimento econômico, como agora – e a inteligência de dados é uma alternativa latente para esta questão”, finaliza Maranhão.

Para mais informações, basta acessar: https://rayconsulting.com.br/

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