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Jovens da periferia aprovados em universidades internacionais utilizam as vaquinhas online

Vaquinha online


Eles conseguiram o que é impossível para a maioria dos mortais: entrar em Oxford, Yale, ser convidado para estudar música na Haute École de Musique de Genéve, na Suiça, participar das maiores olimpíadas internacionais de educação ou fazer valer todas as premiações possíveis num projeto. [read more=”Continuar lendo…” less=”Menos”]

Isso já seria um grande motivo de alegria, não fosse por um detalhe: a falta de condições financeiras para viabilizar a chance conquistada.  Em sua maioria, vindos da periferia ou de famílias com condições socioeconômicas desfavoráveis para bancar os custos de se estudar em outro país, eles não se deixam abater, vão à luta e fazem acontecer com as vaquinhas online.

A avaliação é fruto de levantamentos do site Vakinha. O mês de setembro fechou com recorde mensal de arrecadação, somando R$ 5,2 milhões e cerca mais de 22 mil campanhas criadas.

Crescimento exponencial
Tem chamado a atenção da plataforma de vaquinhas online o aumento significativo das campanhas focadas em educação: em 2016, foram criadas 1.532, chegando a 12.127 em 2017, e até setembro de 2018 já tinham sido criadas quase 10 mil vaquinhas com essa a finalidade.



Os valores arrecadados  nas  vaquinhas focadas em educação foram R$ 216.118,64, em 2016; saltando para R$ 2.074.259,54, em 2017; e  totalizando  R$ 1.171.975,98 no primeiro semestre de 2018. “O que mais nos orgulha neste tipo de campanha é ver, em um ou dois anos, que a vida da pessoa mudou para melhor e que de alguma forma ajudamos nesta conquista”, observa Cristiano Meditsch, diretor de marketing do Vakinha.

Gênio brasileiro
É o caso de Victor Almeida um cearense de 18 anos, com intensa atuação em projetos de educação e a primeira pessoa do estado do Ceará a ganhar medalha de ouro numa olimpíada mundial, em 2017, na Olimpíada Internacional de Física.

Aprovado para cursar Física na Universidade de Oxford, no Reino Unido, Victor Almeida  busca arrecadar R$ 172.164,00 para cobrir os custos da faculdade.  “Minha família tem uma renda muito limitada, pois temos altos gastos com o tratamento do meu irmão caçula que tem transtorno do espectro autista e tem diversos problemas alimentares”, conta em sua página no site Vakinha, onde também manifesta sua intenção de ajudar o Brasil com o conhecimento que adquirir

Pela igualdade social
Nathália Tavares, do Rio de Janeiro, mestre em Tributação e Finanças, pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro-UERJ e autora do livro “Desigualdades Sociais Patrimoniais: como a tributação pode reduzi-las?” foi aprovada para fazer o primeiro mestrado do mundo, com abordagem multidisciplinar e global, focado no combate de desigualdades sociais, na  London School of Economics, na Inglaterra, mas não tem condições financeiras para bancar o curso.

“Apenas cerca de 7% das pessoas ao redor do mundo que se candidatam são aceitas nessa universidade”, conta a advogada que precisa arrecadar R$ 170.000, para viabilizar seu mestrado.

Administração pública
Fábio Queiroga, da periferia de São Paulo, que conseguiu bolsa de estudos na Fundação Getúlio Vargas- FGV, para cursar Administração Pública, em 2015, deu mais um salto e foi aprovado em um concorrido programa de intercâmbio em Washington, nos Estados Unidos, oferecido pelo The Washington Center, ONG  focada em alavancar a carreira de jovens universitários e formar cidadãos globais engajados com as suas comunidades.

“Minha família não tem condições financeiras de arcar com essa experiência. Meu pai trabalha como camelô e minha mãe está se recuperando de uma cirurgia. Mas, eu não desisti do meu sonho”, diz ele  que busca  conseguir R$ 65.549,58, que pode se tornar maior com a alta do dólar, para custear os serviços de apoio profissional e a moradia na residência estudantil em sua campanha .

Sonhos que deram certo
Entre os casos de sucesso conhecidos estão o do músico Weslei Felix, da periferia de Canoas (RS), que em 2017, então com 18 anos, foi convidado para estudar música na Suíça, mais precisamente na Haute École de Musique de Genéve, onde ganhou uma bolsa de estudo. Fez uma campanha para conseguir R$ 52.435,00 a fim de pagar sua estadia enquanto estivesse por lá. Superou a meta e arrecadou R$ 56.250,00.

Na suíça há mais de um ano, esteve em visita ao Brasil no mês de setembro, quando deu uma amostra do seu talento para a música e ainda aproveitou para falar como conseguiu realizar seu sonho por meio de uma vaquinha online em um evento na Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

 

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